Publicado em 18/02/2014Ecoeficiência na construção civil

Ecoeficiência na construção civil

Prática do consumo consciente aumenta demanda de compra por construção sustentável

A mudança do comportamento de consumidores quanto a estilos de vida mais sustentáveis – cuidados com alimentação, uso e reuso de água e menor consumo de energia e combustíveis não renováveis – tem afetado também o mercado da construção civil. Nele, há demanda crescente por ecoeficiência (eficiência energética, redução do consumo de água, maior ventilação e iluminação natural), e um melhor aproveitamento (e menor desperdício) dos materiais empregados, segundo aponta o pesquisador Fabián Echegaray, diretor-geral do Instituto Market Analysis, que representa a rede GloboScan no Brasil.

“Há também uma expectativa de reversão dos impactos ambientais e sociais desta indústria, que deve se tornar cada vez mais amiga das pessoas portadoras de alguma deficiência, com respeito às legislações trabalhistas, inserção de áreas verdes em espaços internos e externos, redução de emissões, reciclagem de materiais para a própria construção civil e mínimo volume de entulho gerado’’, explica Echegaray.

De acordo com o pesquisador, dois em cada três consumidores (66%) concordam que a sociedade deve consumir menos para melhorar as condições ambientais das futuras gerações. Quase a mesma proporção (65%) assume responsabilidade individual por promover um mundo mais sustentável – desde a escolha do produto, diante da prateleira.

Esses dados fazem parte dos resultados da pesquisa Rethinking Consumption: Consumers and the Future of Sustainability, realizada pela GlobeScan, em enquete online aplicada em 2012 no Brasil, Índia, China, Alemanha, EUA e Reino Unido. Além de projetos que garantam o uso racional dos recursos naturais, a escolha dos materiais utilizados na construção civil é determinante para a prática de sustentabilidade no segmento, de acordo com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), que desenvolveu uma “ferramenta de seis passos”. Ela serve para a seleção consciente de empresas e materiais sustentáveis.

“Com o uso desta ferramenta, o setor deve dar um salto de qualidade, de maneira a aumentar a vida útil dos edifícios brasileiros e diminuir a necessidade de reposição e manutenção frequentes’’, afirma Vanderley John, coordenador do comitê de materiais e conselheiro do CBCS. De acordo com a entidade, produtos que não apresentam desempenho adequado acabam sendo substituídos, gerando custos e resíduos. Daí a importância de sua produção seguir normas técnicas que representem critério mínimo de qualidade.

A “ferramenta de seis passos” mostra a arquitetos e engenheiros que devem verificar se o fornecedor está na lista de empresas qualificadas pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Os seis passos para a seleção de insumos e fornecedores a partir de critérios sustentáveis e da ecoeficiência podem ser consultados no site da entidade: www.cbcs.org.br

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