Publicado em 17/12/2013Conheça o certificado de construção sustentável

Conheça o certificado de construção sustentável

Selo sustentável deixa construção mais cara, mas sem intimidar sua demanda, que é crescente

Imóveis com certificado de construção sustentável são sinônimo de bom investimento e valorização no mercado. De acordo com pesquisa realizada pela Ernst Young, a pedido da Green Building Council Brasil (GBC), o valor total dos imóveis registrados para receber certificação atingiu R$ 13,6 bilhões no ano passado. O número de novos pedidos por certificação também deu um salto de 2010 para 2011, passando de 72 para 198. Em 2012, houve uma elevação para 216 novos pedidos.

O GBC Brasil, através do seu comitê técnico, desenvolveu o Referencial Casa, que sugere práticas sustentáveis em implantação, uso racional de água, energia e atmosfera, materiais, qualidade ambiental interna, requisitos sociais, inovação e projeto – tudo voltado para a construção sustentável residencial. Entre as práticas estão controle de poluição em canteiro, redução do efeito ‘ilha de calor’ com coberturas frias ou telhado verde, captação de água de chuva, louças e metais com sensores de presença e controle de vazão, aquecedores solares, produção de energia renovável, materiais de conteúdo reciclado e acessibilidade universal, entre outros.

Já a certificação LEED não está disponível para residências no Brasil, um dos motivos pelo qual o GBC desenvolveu o novo referencial. Lançado em 2012, ele está atualmente em fase piloto, e tem nove projetos em estudo, cada um com sistemas construtivos diferenciados, em diferentes regiões do país, valores de mercado e metragens distintos. “É viável pensar em certificação sustentável para residências unifamiliares. Prova disto é o Selo Azul da Caixa, concedido a um conjunto habitacional em Paraisópolis, São Paulo. Nele, conforto e eficiência ambiental são atestados por entrevistas de satisfação com moradores, que confirmam considerável redução nos custos de água e eletricidade”, afirma Felipe Faria, diretor administrativo do GBC Brasil.

Neste caso, o acréscimo aos custos de construção, para atender ao quesito sustentabilidade, foi de apenas 1%. “Práticas e processos de uma obra sustentável visam ainda, e de maneira ampla, inclusão social e erradicação da pobreza, tratamento adequado do lixo com sistemas eficientes de reciclagem, qualidade e eficiência para modelos de mobilidade urbana”, define o diretor. Todos esses quesitos devem estar bem resolvidos em projeto executivo que integre o trabalho de diversos especialistas, das mais diversas áreas da engenharia, conforto ambiental e eficiência energética.

 

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