O concreto compactado, usado na duplicação de pistas de rodovias e corredores de ônibus, tem consistência seca e flexibilidade para ser espalhado com vibroacabadora de asfalto (máquina de compactação), distribuidora de agregados ou motoniveladora. O adensamento é feito por rolos compressores.

Por ter consistência mais seca, não é necessário aguardar a cura para aplicar a segunda camada do material. Ela é lançada assim que a primeira estiver adensada – o que acelera toda a execução. No caso das rodovias, agilidade é essencial, para comprometer por menos tempo a liberdade do tráfego de veículos. O chamado CCR (Concreto Compactado a Rolo) serve de sub-base aos pavimentos de concreto.

Também é base, quando revestido de camada asfáltica ou de elementos intertravados. Em pavimentos de condomínios, é base de rolamento para tráfego leve. A diferença entre o CCR e o concreto convencional está em seu método de adensamento. O primeiro emprega o rolo compactador; o segundo, vibradores de imersão.

A consistência seca do CCR é obida na busca do traço ideal, apontado em projeto de engenharia, e com a dosagem exata de materiais, como a água. Em excesso, ela provoca aderência da mistura aos rolos compressores. “O CCR é concreto de baixo consumo de cimento, da ordem de 120 kg/m³ – mas nem por isso devemos menosprezar o seu preparo. Os cuidados a serem tomados são os mesmos que com qualquer mistura.

Os materiais empregados também são os mesmos do concreto comum – cimento, areia, pedra, água e, às vezes, aditivos”, alerta Rubens Curti, especialista da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Além da escolha da qualidade do material usado, é preciso pensar na correta aplicação, adensamento e homogeneização da mistura. “O maior uso dos CCRs ocorre em barragens de contenção de usinas hidroelétricas. Obras como das rodovias Imigrantes, Rodoanel, BR-101 (trecho nordeste) e corredores de ônibus tem adotado a solução”, afirma.

Confira qual o material ideal para estruturas de concreto armado!

Compartilhe esta matéria