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Publicado por Carla Rocha em 31/12/2020Como evitar que seu imóvel vá a leilão
Com o cenário trazido pela crise econômica gerada com o Coronavírus, muitas empresas tiveram seus imóveis retidos.Créditos: Shutterstock

Como evitar que seu imóvel vá a leilão

Negociar a dívida pode ser a melhor saída para evitar a perda do imóvel

Os imóveis que são vistos em leilões judiciais e extrajudiciais de imóveis, muito comuns na internet, podem ser muito atrativos e interessantes, pois podem fornecer até 60% de desconto do valor de mercado e, com isso, atraem muitos investidores do ramo imobiliário que veem ótimas condições para a compra. Porém, para o devedor, ter um imóvel leiloado pode resultar em grandes prejuízos, tendo em vista que além de perder o imóvel, ele ainda terá de arcar com uma dívida ou um saldo devedor. “Além de perder o bem, o devedor ainda pode continuar com dívidas, devido às condições que foram acordadas em contrato, bem como multas e juros de mora, despesas com advogados e outras”, destaca Cidinaldo Boschini, diretor da Cronos Capital e especialista em ativos estressados.

Não é novidade que os imóveis podem ser utilizados como garantia. Desde 1997, os bancos podem utilizar o bem como garantia do cumprimento do financiamento em duas modalidades: Garantia Hipotecária e também a Alienação Fiduciária. A Alienação Fiduciária tem como base uma tramitação em cartório, em que a dívida é notificada ao banco que fica autorizado a colocar o imóvel em leilão em um curto período de tempo, levando em consideração que existe o direito de propriedade do imóvel, enquanto o fiduciante possui apenas a posse do bem. Já na Garantia Hipotecária, esse processo ocorre de outra forma, através de um processo de execução que passa pelo judiciário, mas sem definição de um desfecho. Porém, em ambas as situações, o imóvel em questão pode ser oferecido em garantia.

O que a crise do Coronavírus tem a ver com o leilão de imóveis?

Com o cenário trazido pela crise econômica gerada com o Coronavírus, muitas pessoas e, principalmente, empresas, tiveram seus imóveis retidos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 716 mil empresas precisaram fechar as suas portas por conta do impacto causado pela COVID-19. Na contramão da crise mundial e não por acaso, no mesmo momento, a Associação de Leiloaria Oficial do Brasil, obteve um incremento de 25% em seus leilões.  De acordo com um levantamento realizado pela ReSale, plataforma especializada na venda desses imóveis, os cinco maiores bancos do país, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, já contabilizavam, em 2019, entre 90 mil e cem mil imóveis retomados em pagamento a dívidas. “Esse montante vai aumentar neste ano”, conta Cidinaldo. Apenas a Caixa já estava com 61% do total, com R$ 11 bilhões. Já o Banco do Brasil, outra grande instituição financeira que possui atualmente 4 mil imóveis retidos, conta com uma empresa especializada para operacionalizar os leilões.

Negociar a dívida pode ser a melhor saída para evitar a perda do imóvel

O especialista destaca ainda que, ao perceber que existe um risco do não cumprimento das parcelas remanescentes de um empréstimo, o primeiro passo é procurar alguma empresa especializada para realizar uma negociação a fim de readequar a capacidade de pagamento antes que o imóvel seja dado em garantia e vá para leilão, pois essa pode não ser uma solução viável que solucionará totalmente o problema do endividamento. “Por isso, é muito importante ressaltar que o leilão de imóveis pode ser um bom negócio para quem está comprando, mas não para quem perdeu o bem”, destaca. Outra opção para evitar que o seu imóvel corra o risco de ir para leilão é acionar empresas especializadas em ativos estressados o mais rápido possível. “Essas empresas possuem conhecimento de mercado, além da capacidade financeira necessária, que podem ajudar a resolver o problema do devedor e do credor”, complementa Cidinaldo.

Confira as principais diferenças entre a compra e o aluguel:
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