Publicado em 21/03/2016CEF aumenta acesso ao financiamento imobiliário
Quem tem poupança menor para dar entrada ganha maiores chances de ter seu financiamento aprovado, para pagar em até 30 anos

CEF aumenta acesso ao financiamento imobiliário

Banco aumentou fatia financiável de imóveis novos e usados, e vai liberar R$ 2,4 bi para construção de imóveis de R$ 500 mil

A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou novas medidas que prometem reaquecer o mercado imobiliário e a construção civil.  Foram destaques do anúncio da presidente do banco, Miriam Belchior, a ampliação da oferta de crédito, tanto para compradores de imóveis usados, quanto para construtoras que queiram investir em obras residenciais, além do aumento da fatia financiável dos usados e a possibilidade de obter financiamento para um segundo imóvel.

Antes, trabalhadores do setor privado conseguiam financiar até 80% do valor do imóvel. Em maio de 2015, essa porcentagem caiu para 50%. A partir do próximo dia 24, no entanto, volta a subir, para 70%. No caso dos funcionários públicos, o limite antes de maio de 2015 era de 90%. Caiu para 60%, e agora volta a subir, para 80%.

Na prática, quem tem poupança menor para dar entrada no imóvel ganha maiores chances de ter seu financiamento imobiliário aprovado, para pagar em até 30 anos (usando os recursos da poupança) a taxas de juros que variam entre 9,3% e 11,5%. As mesmas condições de financiamento valem para quem for adquirir o segundo imóvel: “Desta forma, o cliente poderá ter dois imóveis financiados, ou ter uma folga no tempo para vender o seu primeiro imóvel”, afirmou Miriam Belchior.

E não é só: trabalhadores com conta ativa no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) poderão financiar 85% do imóvel, novo ou usado, em área urbanas, pelo prazo máximo de 30 anos, a taxas de juros entre 7,85% e 8,85% ao ano – a chamada linha pró-cotista (http://www.fgts.gov.br/procotista.asp).

As linhas de crédito são para imóveis que custam até R$ 750 mil nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, ou até R$ 650 mil, nos demais Estados, e a ideia é desemperrar negócios para as classes média e alta, que usam o imóvel atual para dar entrada em um novo.

 

De onde vem o dinheiro

A CEF é responsável por cerca de 70% dos contratos de financiamento imobiliário no Brasil. Em 2015, foram R$ 91,1 bi em novas contratações – um aumento de 13% em relação ao ano de 2014.

No caso de obras de infraestrutura, com linhas de crédito específicas, o aumento nas contratações em 2015 foi de 25%. Com tudo isso, o lucro do banco no ano passado ultrapassou a cifra de R$ 7 bi, um aumento de 0,9% em relação a 2014. O retorno sobre o patrimônio líquido médio nos últimos 12 meses foi de 11,4%.

Com as medidas recém-anunciadas, a expectativa é elevar as contratações imobiliárias este ano, novamente, em 13%, o que equivale a 64 mil unidades habitacionais financiadas a mais que em 2015, sendo 29,7 mil com recursos do FGTS, e 34,3 mil unidades pela poupança.

Os recursos para efetuar empréstimos deverão vir do próprio FGTS: a CEF teve R$ 16, 1 bi liberados pelo Conselho Curador do fundo, em fevereiro. O banco ainda aplicará cerca de R$ 7 bilhões na linha pró-cotista, e anunciou uma linha de R$ 2,4 bilhões, com taxas especiais competitivas, dirigida a construtoras de qualquer porte que estejam produzindo imóveis a serem vendidos por até R$ 500 mil.

 

Você conhece as etapas de um financiamento e tem dúvidas sobre o assunto? O Mapa da Obra selecionou orientações que podem ajudar.Botão Site

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