CBIC lança Manual Básico Indicadores de Produtividade na Construção Civil
Com 200 páginas, a publicação aborda a estrutura do concreto armado convencional e a estrutura em paredes e lajes de concreto moldadas com fôrmas de alumínio
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Sesi Nacional, lançou, no final de maio, o Manual Básico de Indicadores de Produtividade na Construção Civil, com foco em Estruturas de Concreto Armado Convencional e Estruturas em Paredes e Lajes de Concreto Moldadas com uso de Fôrma de Alumínio.
Com o manual, voltado ao gestor de obras, a CBIC espera contribuir decisivamente para a melhoria da produtividade na construção civil e, assim, fomentar o desempenho das empresas do setor.
De acordo com a CBIC, a escolha dos temas abordados levou em conta o alto grau de importância para o produto final. Afinal, uma execução organizada na estrutura de concreto tem influência direta na organização de toda a produção, garantindo mais eficiência na obra e segurança para os operários.
Pontos importantes do Manual da CBIC
Produtividade na execução de estruturas de concreto armado
Produtividade é a eficiência em transformar recursos em produtos. Um indicador de produtividade é a relação entre a quantidade de recursos demandados e a quantidade de produtos realizados. Pode-se falar no uso da mão de obra e no uso dos materiais.
No caso da mão de obra, foi adotado o indicador denominado RUP (razão unitária de produção) que pode ser apresentado na forma de RUP cumulativa ou de RUP potencial. No caso dos materiais, utiliza-se o indicador CUM (consumo unitário de materiais), que é a razão entre a quantidade de materiais adquiridos e a quantidade de serviço feito.
Além de composições unitárias para os serviços de fôrmas, armação e concretagem, Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) disponibiliza também preços unitários dos insumos, para diferentes capitais e que são atualizados mensalmente. Conhecendo os fatores que caracterizam uma obra, o gestor pode escolher a composição que mais se associe a tais características e, olhando tal composição, extrair os valores de RUP e CUM para servirem como previsão para a produtividade de sua nova obra.
Método para auxiliar a programação do trabalho de execução de estruturas em concreto armado
- Informações sobre o produto/processo
- Visão analítica do produto
- Definição do plano de ataque
- Quantidade de serviço por parte (QS/parte)
- Fatores por parte
- Escolha de CUM e RUP
- Cálculo de H.h/parte e Qmat/parte
- Dimensionamento da equipe
- Plano de premiação
- Custos diretos
- Indicadores de referência
Para saber informações de cada item, baixe o manual aqui.
Estudos de caso
Dois estudos de caso foram analisados no documento feito pelo CBIC lança Manual Básico de Indicadores de Produtividade na Construção Civil. Quanto ao processo construtivo, o gestor tomará decisões sobre o caminho que será adotado na obra e tem à disposição análises de estudos de caso para exemplificar.
Estudo de caso 1
Edifício com estrutura de concreto armado convencional
Escolheu-se um edifício com estrutura de concreto armado para a aplicação completa do método. Indicam-se todos os passos de aplicação do método a esse caso.
Estudo de caso 2
Edifício com estrutura em paredes e lajes de concreto, moldadas in loco com o uso de fôrmas manuseáveis de alumínio
Neste estudo de caso, escolheu-se um edifício com estrutura em paredes e lajes de concreto, moldadas in loco (com uso de fôrmas manuseáveis de alumínio), para a aplicação do método.
Utilização das informações
O manual apresenta um método para ajudar, de forma parcial ou global, o gestor da execução de estruturas de concreto armado a responder as questões relativas a: custos, demanda por materiais, demanda por mão de obra, dimensionamento de equipes de trabalho, premiação dos operários por desempenho, duração dos serviços e etc.
Para cada um desses “temas”, a execução da estrutura de concreto pode ser abordada global ou parcialmente. E as visões parciais/específicas podem dizer respeito aos diferentes serviços (fôrmas, armação e concretagem), partes (torre ou periferia; tipo ou pós-tipo; etc.), ou recursos (mão de obra, materiais ou reais).
A melhor maneira de utilizar o manual feito pelo CBIC lança Manual Básico de Indicadores de Produtividade na Construção Civil é considerar que ele seja uma referência e um incentivo para que, cada vez mais, sua empresa faça a programação e controle de execução de estruturas de concreto armado com base numa paralela gestão da produtividade. Dentro desse contexto, o que se espera mesmo é que se tenha uma melhoria contínua da eficiência na produção das estruturas. Melhorar a eficiência na produção pode significar mais qualidade e segurança no trabalho, além de proporcionar mais satisfação e remuneração para as pessoas que trabalham com estruturas de concreto.
Confira também estudos de caso sobre a produtividade do concreto autoadensável.