Publicado em 08/12/2014

Casa Vertical: conheça esse imóvel de Curitiba (PR)

Residência tem galeria de arte particular e vista para campo
de golfe de Curitiba, no Paraná

A Casa Vertical foi projetada para um jovem colecionador de Curitiba (PR), em terreno ao lado do Graciosa Country Club, clube de golfe mais conhecido da cidade. O imóvel, para grandes festas e recepções, também deveria abrigar importantes coleções de arte e design autoral brasileiro.

A fim de aproveitar a vista para o campo, a casa assumiu diretriz vertical. Completamente feita de concreto armado, tem 1.750 m² de área construída, divididos em cinco pavimentos – térreo e mais quatro andares.

“Olhando da rua, a casa vertical não parece uma residência. Pode mais ser associado a um museu, ou prédio corporativo, por conta das proporções e do seu repertório formal”, pondera o arquiteto e projetista Marcos Bertoldi. “Internamente, no entanto, os espaços se revelam agradáveis, acolhedores, numa experiência arquitetônica à altura das coleções de seu proprietário”, diz.

A fachada frontal da residência tem pé-direito triplo e também dá acesso a uma galeria de arte particular. Térreo e primeiro andar abrigam hall para rampas e elevador, pátio e área de automóveis, serviços, instalações e apartamentos para funcionários, além da galeria. Rampas têm volumes que explodem a partir da fachada frontal.

O segundo andar é dedicado a quartos dos filhos e de hóspedes, salas de uso familiar cotidiano e cozinha principal. Deste pavimento tem-se o primeiro olhar panorâmico sobre o campo de golfe, e acesso a um jardim secreto, com três espécies de Pau-Ferro – árvore nativa da Mata Atlântica brasileira. “A cozinha principal se conecta com as outras duas cozinhas por um elevador monta-cargas, facilitando o abastecimento do resto da casa”.

Já o terceiro andar da casa vertical, para atividades sociais, familiares e grandes recepções, é uma caixa de vidro de pé-direito duplo, com vista para campo de golfe, de um lado, e para o skyline da cidade. Também neste piso está a suíte principal da residência, com porta de correr para jardim secreto e escadaria que sobe até a piscina, no terraço superior.

No quarto andar estão deck com piscina, lounge, bar, saunas e cozinha com churrasqueira (desta vez com a mais ampla vista sobre o clube de golfe). A piscina é revestida em mosaico de vidro criado pela Vidrotil, em São Paulo, a partir de um desenho original do artista plástico Paolo Rodolfi. Entre os dois vazios da caixa de vidro, um mezanino serve como estar, jantar e pista de dança, com mesa para pick up de DJ.

A galeria particular de arte contemporânea brasileira, que não estava no escopo inicial dos trabalhos, acabou se tornando destaque do projeto. “Como tínhamos diversas peças grandes de arte, e um espaço excedente no térreo e no primeiro pavimento, achamos adequado sugerir ao cliente uma grande sala para exposição dessas obras. A ideia foi prontamente aceita”, conta o arquiteto.
Confira detalhes na galeria de fotos.

 

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  • Entrada de pedestres volta-se para a rua. A fachada sul da Casa Vertical não possui janelas. A arquitetura de Marcos Bertoldi é composta de volumes menores que “saltam” de um maior, principal, a exemplo das rampas laterais de acesso à área social do terceiro andar, onde está o pé direito duplo envidraçado. Em Curitiba (PR) - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Circulações têm caráter escultórico na Casa Vertical, do arquiteto Marcos Bertoldi. As escadas de serviço são desenhadas em degraus de concreto, que levam ao primeiro andar (segundo pavimento), onde estão concentrados lavanderia, máquinas e apartamentos dos funcionários - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Sala principal de recepções da Casa Vertical, em Curitiba (PR). O pé direito duplo tem fechamentos laterais em vidro, e a instalação Zona Branca, de Tatiana Blass (Galeria Milan, SP). O nível de mezanino, acima, é o quarto andar da residência, onde também fica a piscina. Chaise long Oscar Niemeyer; sofás e mesa Le Corbusier; cadeiras Geraldo de Barros. O piso de madeira escurecida (ebanizada) leva ipê tabaco. Arquitetura de Marcos Bertoldi - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • O terceiro andar da Casa Vertical, para estar e recepções, fica dividido em duas salas separadas pelo mezanino do quarto andar, acessado por escadaria metálica. A coleção de objetos de design é agrupada para formar microambientes de estar: bancos Bigorna, por Julia Krantz; poltrona Oscar, de Porfírio Valadares, cadeiras Girafa, de Lina Bo Bardi, além de John Grass e Paulo Mendes da Rocha - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Home theater do proprietário da Casa Vertical, que separa seu dormitório da sala principal de recepções, no terceiro andar. Escultura de Eduardo Suéde na parede; dupla de poltronas pretas Oscar Niemeyer, de Sergio Rodrigues, e mesa de centro Noguchi. Projeto de Marcos Bertoldi. Em Curitiba (PR) - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Ao fundo, home theater do proprietário da Casa Vertical, que separa seu dormitório da sala principal de recepções, no terceiro andar. Escultura de Eduardo Suéde na parede; dupla de poltronas pretas Oscar Niemeyer, de Sergio Rodrigues, e mesa de centro Noguchi. Projeto de Marcos Bertoldi. Em Curitiba (PR) - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Lado da sala de recepções (terceiro andar) com vista para o campo de golfe. Entre os objetos estão: bancos Bigorna, por Julia Krantz; poltrona Oscar, de Porfírio Valadares, cadeiras Girafa, de Lina Bo Bardi, além de John Grass e Paulo Mendes da Rocha, entre outros - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • O quarto do proprietário (terceiro andar) tem acesso a jardim secreto em caixa de concreto armado. “É um pátio a céu aberto”, explica o arquiteto projetista Marcos Bertoldi. A árvore pau-ferro, plantada no andar de baixo, sobe até o nível superior de piscina. A Casa Vertical fica em Curitiba (PR). Projetos de arquitetura, luminotécnico, interiores e paisagismo por Marcos Bertoldi - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Na piscina, a estrutura da Casa Vertical está mais evidente: paredes de concreto armado, moldadas em loco; não é possível identificar o que é simples vedação. “Tudo que está em concreto aparente é armado”, confirma Bertoldi, arquiteto que também projeta interiores, paisagismo e iluminação. Onde foi necessário, o engenheiro de estruturas buscou reforçar mais ou menos os traços do concreto. A piscina da Casa Vertical fica no mesmo nível do mezanino para recepções, com pick up de DJ e cozinha própria. Em Curitiba (PR) - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • A piscina da Casa Vertical fica no mesmo nível do mezanino para recepções, com pick up de DJ e cozinha-garçom própria, que se comunica com outras cozinhas nos pavimentos inferiores, por meio de um elevador monta-carga e escadaria de serviços. Ao fundo, porta maior para cozinha e churrasqueira; à direita, porta de sauna e vestiário. Projeto de arquitetura e de interiores por Marcos Bertoldi Arquitetos - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Hall de entrada da Casa Vertical, em Curitiba (PR), exibe pintura de Fábio Miguez e cadeira Favela, dos irmãos Campana (Edra). Paredes são em painéis de concreto armado moldados em loco – os mesmos da fachada. As placas levam furos, por onde eram travadas as fôrmas internas e externas, com insertes metálicos. O piso de madeira escurecida (ebanizada) leva ipê tabaco. Projeto de Marcos Bertoldi - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • A rampa de acesso à área social da Casa Vertical começa no hall de entrada. O primeiro lance de rampa fica dentro do volume principal da casa e não tem saída para o primeiro andar, onde se concentram os serviços. Do segundo andar para cima, as rampas se destacam da fachada para fora. O piso de madeira escurecida (ebanizada) é ipê tabaco. Projeto de Marcos Bertoldi. Em Curitiba (PR) - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
  • Cozinha principal do segundo andar (terceiro pavimento), para a família, com acabamentos em concreto e High Gloss magenta (fundo). A vista, pela janela-fita com folhas móveis de correr, é para o campo de golfe. A bancada é de granito preto Royal, e as portas “vai e vem” são de marcenaria preta ebanizada. Projeto de Marcos Bertoldi Arquitetos. Curitiba (PR) - Fotos: Alessandra Okazaki/ Divulgação
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