Cal para taludes
Pulverizada, mistura de cal
de pintura evita processo erosivo
O uso da mistura de cal de pintura e água pode prevenir processos erosivos em taludes, segundo o idealizador da técnica, o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos. A calda, composta de três partes de água para uma de cal, é aplicada com pulverizador agrícola, que pode ser manual (tanques de 16 e 20 litros), com ou sem agitador interno, ou motorizado, movido à gasolina (130 litros).
A técnica Cal-Jet surgiu para propiciar alternativa de baixo custo no combate a processos erosivos associados a obras urbanas, o que tem implicado altíssimos custos sociais, econômicos e patrimoniais para a toda a sociedade. “O assoreamento de drenagens provocado pela deposição de sedimentos da erosão constitui hoje uma das principais causas das enchentes nas cidades”, explica o geólogo.
Para a camada de cal ter durabilidade de dois anos e meio, vai ser preciso aplicar duas demãos de pintura. “São feitas vistorias periódicas a cada três meses, para pequenas correções e reforços com pincel ou brocha.” A aplicação também poderá ter caráter provisório, nos taludes a serem cobertos de vegetação. A aplicação é feita com o avanço da terraplanagem, em demão única mais reforçada. Para remover e plantar, basta “arranhar” a área pintada com os dentes de um rastelo.
“Uma das grandes vantagens da técnica está na neutralidade ambiental da cal. Os hidróxidos de cálcio ou magnésio utilizados na pintura transformam-se rapidamente em carbonatos, que nada mais são que o calcário natural. Devidamente moídos, são empregados na agricultura para a correção do grau de acidez dos solos”, explica Borges.
Como detentor da patente, Álvaro dos Santos explica que sua utilização é de domínio público. Empresas e profissionais interessados devem apenas seguir recomendações do Manual de Execução, solicitado gratuitamente através do e-mail santosalvaro@uol.com.br.
A cal de pintura Itaú da Votorantim Cimentos é indicada para esse sistema.
