Publicado por Carla Rocha em 27/03/2019Betoneira conectada impacta no aumento da produtividade
Engemix investiu R$ 5 milhões no software que está conectado em tempo real com 100% da sua frota

Betoneira conectada impacta no aumento da produtividade

Engemix investiu R$ 5 milhões no software que está conectado em tempo real com 100% da sua frota

Por Carla Rocha

 

O uso de novas tecnologias tem tornado os processos mais eficientes, além de acelerar e melhorar o intercâmbio de dados em diversos setores. Entre eles está o setor da construção civil que costuma ser mais tradicional, onde os efeitos da digitalização já começam a ser percebidos de maneira muito positiva – o que promete revolucionar os modelos de habitações como conhecemos hoje e também o ecossistema em torno dos empreendimentos.

Entre os grandes desafios da indústria da concretagem atualmente, está a pontualidade na entrega do concreto em obra e o tempo de execução. Outro agravante é que por possuir algumas características que exigem aplicação rápida (no máximo 3h) o concreto precisa ser entregue com mais agilidade possível. Enquanto grande parte das concreteiras sequer possuem GPS em seus caminhões, a Engemix investiu R$ 5 milhões no software que está conectado em tempo real com 100% da sua frota, toda equipada com GPS e que permite registrar todas as interações entre a empresa e seus clientes.

Desenvolvido especificamente para a indústria do concreto, o software contribui para que as 22 mil entregas mensais da Engemix sejam feitas com mais de 80% de pontualidade (mesmo patamar das melhores concreteiras dos Estados Unidos). Para Ricardo Soares de Andrade, gerente-geral do Negócio Concreto da Votorantim, a pontualidade antes do sistema era de 50% e foi para 80% depois do sistema, sendo que a tendência é chegar a 85%, que são as melhores práticas nos Estados Unidos, “acima disso nós precisaríamos de uma ociosidade e de uma frota adicional muito grande, o que geraria um custo adicional para o consumidor que não valeria a pena”, aponta.

Quando uma betoneira atrasa, todo o cronograma de obra acaba sendo impactado, por isso a Internet das Coisas tem como objetivo principal usar a tecnologia e as informações coletadas da nuvem para tornar a vida das pessoas mais simples e eficientes. “Então, nós [Engemix] vimos uma oportunidade de realmente nos diferenciarmos pegando a experiência das nossas concreteiras nos Estados Unidos, principalmente a Prairie Material que atua na região de Chicago, que já operava com um sistema de gestão de logística baseada em rastreamento, e trouxemos esse projeto pra cá levando dois anos na implementação”, destaca Ricardo, que também informou que o piloto desse processo foi desenvolvido em São Paulo e após a realização do rollout, foi feita a implantação em todo o Brasil.

De acordo com uma pesquisa do IDC, os gastos com novas tecnologias atingirão 1,2 trilhão de dólares até 2022, e a construção civil será responsável por 14,9% desse percentual. A Engemix, por exemplo, já aplica a tecnologia no transporte de concreto em caminhões betoneiras equipados com sensores conectados à nuvem para monitorar as atividades e enviar os dados em tempo real através do uso de internet 3G e 4G para que a empresa consiga monitorar e manter o fluxo contínuo do concreto que chega a obras grandes onde são necessários vários caminhões para manter o cronograma. Na central de São Paulo, por exemplo, estão em operação 120 betoneiras ao mesmo tempo e isso faz com que seja possível ter a visão macro do que está acontecendo auxiliando a equipe a fazer a melhor escolha para cada cliente.

Para a Engemix, que é referência em qualidade de concreto no Brasil, esse projeto é muito mais do que conectar um IoT/GPS na betoneira e, sim, um sistema de inteligência que permite gerenciar e otimizar todo o fluxo de uma betoneira em real time dentro da cidade. Isso vale para todas as praças onde estamos inseridos. “Hoje são aproximadamente 520 betoneiras e todas estão conectadas e equipadas com GPS e sensor de rotação de balão linkado com o sistema de logística”, e para Ricardo: “se a betoneira não tiver isso, entendo como se ela não tivesse motor, então, ela não entra na minha operação, senão eu fico cego e o meu sistema falha”, afirma.

 

Para saber mais sobre o novo aplicativo da Engemix, acesse:  https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/app-engemix/

 

 

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