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Publicado por Carla Rocha em 23/07/2021Sonho da casa própria: dos sistemas construtivos à inovação na construção
A maioria dos brasileiros ainda carrega o sonho de construir a casa própria, o que acaba se dificultando por conta da burocracia e falta de planejamento.Créditos: Shutterstock

Sonho da casa própria: dos sistemas construtivos à inovação na construção

O conhecimento técnico sobre a construção pode ajudar a realizar uma obra

No Brasil, o sistema construtivo predominante para a construção de casas e também outros empreendimentos amplamente utilizados, atualmente, é a alvenaria convencional nas vedações. Lajes, vigas e os pilares são executados em concreto armado. Essa predominância se dá, principalmente, por conta dos materiais utilizados que são econômicos, extremamente resistentes e possuem um desempenho técnico bem definido. Porém, sua execução exige um maior tempo devido aos processos e há uma acentuada geração de resíduos.


Os principais sistemas utilizados para a construção residencial no Brasil são a alvenaria convencional, alvenaria estrutural, paredes de concreto, estruturas de perfis metálicos e perfis em madeiras, steel frame, wood frame e sistemas construtivos em EPS (sigla internacional do Poliestireno Expandido, no Brasil, é popularmente conhecido pela marca isopor). O método de construção de alvenaria convencional ainda está muito radicado na cultura da população brasileira.

O sonho da casa própria e o déficit habitacional

A maioria dos brasileiros ainda carrega o sonho de construir a casa própria, o que acaba se dificultando por conta de vários fatores, como a falta de planejamento, custos dos materiais de construção e comprometimento da renda familiar com as necessidades básicas, o que acaba influenciando no déficit habitacional que atingiu o ápice durante a crise da covid-19.


O trecho da letra “A Casa” de Vinicius de Morais: “Era uma casa muito engraçada. Não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia entrar nela não. Porque na casa não tinha chão”, faz parte da famosa música infantil, onde o poeta Vinicius de Moraes escreveu a letra depois de se deparar visitando a casa que estava sendo construída pelo seu amigo uruguaio, o artista Carlos Páez Vilaró em Punta Ballena (litoral do Uruguai) em 1958.


A casa em questão foi moldada pelas próprias mãos do artista e durante décadas nunca ficava pronta e, cada vez que o poeta ia visitá-lo, novos cômodos ainda estavam sendo construídos. Vilaró dizia que a energia dos visitantes o inspirava e nutria a construção sempre em andamento (claro que planejamento, custos e prazos não eram as preocupações do artista em sua concepção poética).

A preocupação pela construção de edificações para moradia/abrigo acompanha o homem desde a época das cavernas, quando contava com a sorte para encontrar grutas e afins.

Inovação na construção e comprometimento com o meio ambiente


De acordo com o Manual da Construção Industrializada da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) o processo convencional, é ainda o mais amplamente utilizado no país, possui características como os altos custos nos processos, baixo nível de planejamento, baixa qualificação da mão-de-obra, altos índices de desperdícios, e muitas vezes, pequeno comprometimento com o meio ambiente.


Hoje, pouco mais de 100 mil anos depois do aparecimento do homo sapiens, é nítido o avanço no setor da construção civil. Vários especialistas estão se dedicando cada vez mais a desenvolver e utilizar novas tecnologias na construção civil. Com essa inovação o mercado tem apresentado muitas soluções inovadoras, proporcionando construções mais resistentes, leves, econômicas, ecológicas, sustentáveis e que ofereçam maior segurança.


Existe ainda um preconceito para a adoção de novas tecnologias por parte dos consumidores finais e dos construtores com receio de colher prejuízos ao invés de lucros. O resultado do empreendimento, hoje em dia, está diretamente ligado à sustentabilidade. Entre as principais opções para a construção de uma residência, seja ela de baixo, médio ou alto padrão, está o sistema construtivo industrializado e modular.


A industrialização representa a racionalização dos processos construtivos e, independente da origem de seu material, está relacionada à produção dos produtos em um ambiente controlado. A industrialização pode tornar a produção muito semelhante à produção das montadoras de veículos, melhorando consideravelmente as condições de controle, qualidade e a adoção de novas tecnologias.

Artigo assinado por Soraya Arida Katchvartanian – Mestre em Engenharia Civil e professora do Curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia.

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