Publicado em 12/09/2017Manutenção de centrais de concreto
A periodicidade da manutenção varia de acordo com o volume de trabalho da central de concreto, que pode ser de grande porte ou portátil.Créditos: Pablo Rogat / shutterstock.com

Manutenção de centrais de concreto

Limpeza, calibragem e lubrificação são essenciais para garantir o bom funcionamento do equipamento e a qualidade do concreto produzido

A central de concreto é a solução ideal para obras de infraestrutura, entre outras da construção civil, pois dosa e mistura os componentes do concreto de acordo com a especificação e a aplicação. Contudo, para garantir o bom desempenho do material produzido, a manutenção do equipamento é fundamental. Dela fazem parte a limpeza e a calibração, por exemplo.

De acordo com o engenheiro Arcindo Vaquero y Mayor, consultor técnico da Abesc (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), cada central tem o seu próprio manual de manutenção, elaborado pelo fabricante seguindo os requisitos da NBR 7212 – Execução de Concreto Dosado em Central/Procedimento, da ABNT. Essa norma estipula, entre outras coisas, a frequência com que a limpeza e a calibração devem ser feitas. A periodicidade varia de acordo com o volume de trabalho da central, que pode ser de grande porte (fixa) ou portátil (montada no canteiro de obra), como as 46 que a Engemix – negócio de concreto da Votorantim Cimentos – possui.

“A limpeza e a drenagem dos filtros, do compressor de ar e de todas as peças que têm contato com a água são muito importantes para não haver contaminação do concreto – o que atrapalha o desempenho –, e para aumentar a vida útil do equipamento”, afirma Vaquero.

 

Calibragem, lubrificação e aterramento

O consultor da Abesc reforça a essencialidade da calibragem da central. “É preciso ter certeza de que a pesagem e a dosagem estão corretas. Ou seja, se a especificação do traço for de 1.000 kg de cimento, a balança precisa pesar exatamente isso. Nem mais, nem menos”.

As centrais mais antigas precisam de lubrificação frequente das partes móveis. Já as com células de carga têm menos partes móveis, pois a transmissão dos esforços é feita por impulsos elétricos e, geralmente, automatizada. Então, a lubrificação não se faz tão necessária.

Como, hoje, a maioria das centrais é automatizada, o aterramento bem feito da instalação elétrica é imprescindível para não queimar computadores, já que a pesagem, a calibragem e a emissão de notas fiscais são eletrônicas.

 

Atenção à caixa de agregados

O desgaste da caixa de agregados – principalmente a caixa de pedras – é bastante acentuado e, portanto, merece atenção. “Como a superfície da caixa fica em contato com material abrasivo, é preciso verificar frequentemente se ela não está furada, pois, se estiver, o material pode vazar e passar de uma caixa para outra, interferindo na exatidão do peso”, diz Vaquero.

O engenheiro informa que a inspeção dessas caixas deve ser mensal e, se houver furo, o trabalho deve ser interrompido para o conserto. “É como se fosse um pneu. Tem de fazer a recuperação tapando o furo. Mas, antes de a caixa ser colocada em uso, é preciso fazer a calibragem da central”, completa.

 

De quem é a responsabilidade?

Quem deve fazer a manutenção de uma central de concreto? “Depende de onde ela está, de quem a fabricou e de quem a comprou”, responde Vaquero. Segundo ele, algumas empresas compradoras fazem a manutenção seguindo o manual. Já alguns fabricantes disponibilizam um contrato de manutenção, principalmente quando estão próximos ao comprador. A automação, por sua vez, costuma ser terceirizada, e a manutenção dessa parte deve ser feita por uma empresa especializada em informática.

 

Tomando os devidos cuidados, as centrais de concreto trazem muitas vantagens. Entre elas estão o aumento da produtividade e a racionalização dos insumos.

 

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