Publicado em 08/07/2014Entenda a NBR de estacas pré-moldadas

Entenda a NBR de estacas pré-moldadas

Confira regras de fabricação, projeto e cravação de estacas pré-fabricadas de concreto

Em vigor desde o último dia 17 de fevereiro de 2014, a ABNT NBR 16.258 – Estacas pré-fabricadas de concreto estabelece requisitos para projeto, fabricação, estocagem e movimentação de estacas pré-moldadas de concreto armado ou protendido, para fundações profundas.

De acordo com a engenheira Inês Battagin, superintendente do Comitê Brasileiro nº 18 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-18), o texto proporciona melhores condições de trabalho, trazendo parâmetros técnicos para o desenvolvimento e ensaio dos produtos.

Para ela, a NBR 16.258/2014 eleva o padrão brasileiro na área da normalização técnica para pré-fabricados de concreto, aproximando o Brasil ao patamar de países europeus e também dos Estados Unidos. “Ela complementa a ABNT NBR 6.122/2010 – Projeto e execução de fundações que, por sua complexidade e abrangência, não detalha as soluções possíveis em cada tipo de aplicação”, avalia a superintendente do CB-18.

Norma na prática

O coordenador do Comitê de Estacas Pré-Moldadas da Associação Brasileira da Construção Industrializada do Concreto (Abcic), Eurico Leite Carvalhaes Filho, concorda com Battagin. Ele acredita que a nova norma “melhora o setor de maneira geral, pois contempla uma série de requisitos, que vão tornar o produto ainda mais confiável para ser cravado”.

No entanto, a rotina dentro dos canteiros de obra não sofrerá grandes mudanças. O ganho mais relevante é o desenvolvimento de referências de mercado para avaliação da qualidade desses produtos. Dessa maneira, para “todos os profissionais envolvidos na cadeia da construção civil e, mais diretamente, com pré-fabricados, são muitos os benefícios da norma. Com ela, a sociedade e o país saem ganhando, pois representa uma melhoria tecnológica e que foi fruto de um consenso entre todos os agentes que utilizam estacas”.

Fabricação de estacas pré-moldadas

Os primeiros impactos do novo texto dizem respeito à fabricação das estacas – resistência do concreto, módulos de elasticidade, dimensões das peças, entre outros quesitos. Detalhada, a norma especifica até mesmo procedimentos para o lançamento do concreto, adensamento por vibração ou centrifugação, absorção de água por imersão, entre outros.

A NBR 16.258/2014 aborda patologias, trazendo definição e parâmetros de aceitação sobre fissuras e trincas. Esforços no transporte e na cravação; sistemas de emendas por luva de encaixe ou por anel metálico soldado, além de definições sobre dimensões básicas, desvio de geometria, abertura de falta de esquadro, excesso de concreto na borda externa, dimensão básica e deslocamento do anel.

Contempla ainda perda de espessura da parede, linearidade do elemento, desalinhamento de fôrmas, arranque e içamento por um ponto – todos os itens devidamente detalhados. “No que diz respeito ao acabamento, as estacas devem apresentar superfície externa lisa, sem ninhos de concretagem, armadura estrutural aparente, fendas ou fraturas”, pontua Carvalhaes.

Estoque e movimentação

Visando a integridade dos elementos pré-fabricados, a norma especifica onde devem ser fixados ganchos de apoio para empilhamento das estacas. “No caso de armazenamento na própria fábrica, o estoque é mantido até que o concreto atinja a resistência mínima exigida para um transporte seguro”, alerta o coordenador da Abcic.

O empilhamento das estacas é feito por meio de calços colocados nas posições de apoio previamente determinadas. Elas devem, ainda, ser travadas no sentido transversal, a fim de evitar deslocamentos involuntários das pilhas. Já em canteiro, a armazenagem deve ser em área plana e de fácil acesso ao guincho do bate-estacas.

 

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