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Publicado por Carla Rocha em 17/11/2021Bioengenharia: entenda como a saúde se destaca na construção civil
Busca melhores resultados em termos de segurança para os pacientes e profissionais, performance dos serviços de saúde e economia de recursos.Créditos: Shutterstock

Bioengenharia: entenda como a saúde se destaca na construção civil

Busca promover maior segurança para os pacientes, profissionais e economia de recursos

Você já ouviu falar em bioengenharia? O termo é mais popular que Engenharia Biomédica e é utilizado pelo público leigo como sinônimo. A diferença é que a engenharia biomédica é mais abrangente, sendo a bioengenharia uma espécie de “subcampo” responsável pela simulação matemática de fenômenos biológicos.


Ao se projetar edificações que atenderão atividades de saúde e bem-estar ocorre a mesma situação, quanto mais especializado for o projetista (ou o escritório), pode-se esperar melhores resultados em termos de segurança para os pacientes e profissionais, performance dos serviços de saúde e economia de recursos (para citar os principais aspectos). De acordo com Norton Ricardo Ramos de Mello, diretor técnico da BioENG, a engenharia biomédica trata das interfaces entre as ciências exatas e engenharias com a medicina e demais áreas de saúde.

Outros campos agregados são a engenharia clínica (focada na manutenção de equipamentos médicos), engenharia médica (focada no desenvolvimento de equipamentos), engenharia de reabilitação (focada em dispositivos que favorecem a mobilidade) e a engenharia hospitalar (com foco em edificações de saúde). No entanto, é o conhecimento científico de engenharia biomédica de forma transversal que compõe uma linha de raciocínio mais coerente para o desenvolvimento de soluções para a área de saúde.

Bioengenharia no Brasil e no mundo

De acordo com a apuração, infelizmente, no Brasil, os Conselhos Federais de Arquitetura e Engenharia, ainda não estão dando a devida atenção na formação acadêmica dos futuros profissionais dessas áreas, no sentido de estabelecer um diálogo com as Universidades para implementar em suas estruturas curriculares de graduação, disciplinas voltadas às edificações de saúde.


Os cursos de pós-graduação que abordam esses temas ainda são raros, em geral, pagos, o que mantém esse tipo de conhecimento restrito a um grupo muito pequeno de profissionais. A principal entidade que reúne grande parte dos especialistas em nível nacional possui menos de 900 associados, parte destes de outros campos do conhecimento como administração e enfermagem, por exemplo, os quais enriquecem de forma única a formação do conhecimento técnico no setor.

Ainda segundo o especialista, na medicina houve uma conscientização da sociedade em relação às especialidades. Se alguém tiver um problema neurológico, certamente, não buscará um ortopedista, por exemplo. Ao segmentar as especialidades, os médicos experimentaram um grande avanço técnico em suas áreas com maior profundidade e resolutividade.

Experiência do consumidor na bioengenharia e suas aplicações


Agora quando falamos em bioengenharia, as aplicações ainda são muito poucas, pois os conceitos, muitas vezes, se misturam com a maior humanização de ambientes de saúde, user experience, e um novo campo chamado de engenharia afetiva. O importante é ter como premissa a jornada não apenas dos pacientes, mas de todas as pessoas que utilizarão os ambientes e dessa forma compor uma equipe de profissionais especializados e capacitados com autoridade técnica, profissional e científica para o desenvolvimento dos projetos que trarão impacto positivo com custos factíveis à cada atividade de saúde.

A introdução de ambientes multissensoriais parece ser a forma mais clara de se evidenciar quando um projeto possui a preocupação de estabelecer conexões positivas entre os ambientes e as emoções dos usuários (pacientes, colaboradores, profissionais, visitantes e fornecedores).


No entanto, os conceitos de engenharia biomédica atuam também em relação ao melhor desempenho das atividades de saúde, levando a desfechos mais favoráveis, assim como potencializando os recursos disponíveis. “Nossos projetos nos Estados Unidos refletiram muito dessas experiências, as quais foram implementadas em moradias para pessoas idosas (Senior Living), onde estamos verificando que essa nova forma de se projetar tem potencializado a longevidade ativa e independente por mais tempo”, finaliza.

Confira também a tendência de Co-livings e Co-housing:

https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/cohousing-coliving/

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