O que é e como funciona a automação residencial
Novos projetos devem atender essas novas e crescentes demandas
Você confere:
- A necessidade da automação residencial;
- Aplicabilidade de sistemas integrados;
- Cuidados na contratação de profissionais;
- Novidades para preparação das construtoras.
A internet está cada vez mais presente na vida das pessoas. Os aparelhos eletrodomésticos estão demandando cada vez mais o uso das conexões de rede. Prova disso, são as lavadoras de roupas, as secadoras, as geladeiras, as TVs com ligação na internet, que já podem facilitar muito a vida do usuário a partir de comandos tecnológicos. A difusão de equipamentos wi-fi tipo Amazon Alexa, Google Home e Samsung SmartThings que podem controlar lâmpadas, fechaduras, câmeras, sensores e alarmes e das smart TVs estão tornando a automação residencial cada vez mais presente na vida das pessoas.
De acordo com Ronaldo Suzuki, professor da Escola de Engenharia e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, para controlar outros equipamentos e outros sistemas, exige-se um projeto técnico e o acompanhamento de profissionais habilitados. “Desde a parte civil, com a passagem de eletrodutos e de quadros específicos para a automação residencial, quanto eletrodutos e condutores específicos para ligação dos equipamentos até a execução dos sistemas integrados de automação”, ressalta. Outro fator importante a ser destacado é que os novos projetos devem atender essas novas e crescentes demandas.
Aplicação da automação residencial na prática
De acordo com o docente, podemos definir a automação residencial como um conjunto de sistemas que controla várias funções e equipamentos dentro de uma residência. Com a automação residencial é possível controlar a iluminação de uma residência simplesmente ligando e desligando lâmpadas por interruptores ou controladores, criar cenários diferentes de iluminação em uma sala de estar ou de jantar ou até mesmo simular a presença de pessoas nos ambientes (caso os moradores estejam viajando).
Além disso, é possível também criar sistemas que controlam equipamentos, como a abertura e fechamento de cortinas e persianas, sistema de irrigação de jardins, bombas d ‘água, aparelhos de ar-condicionado ou outros eletrodomésticos. “E também controlar sistemas de segurança integrados ao sistema de automação residencial (fechaduras, alarmes, câmeras de CFTV, monitoramento), sistemas de sonorização de ambiente, vídeos (smart TVs), sistemas de telefonia com ramais internos e sistemas de redes de dados e de internet”, destaca. Os projetos de automação residencial garantem a maior eficiência da tecnologia dos equipamentos. “De maneira geral, todos conseguem ter um certo algum nível de automação residencial mesmo sem nenhum tipo de projeto, mas garantir a máxima eficiência dos equipamentos se torna bem mais complicado”, ressalta.
Cuidados para atuação profissional com automação residencial
Atualmente, os profissionais que desejam atuar na área de automação residencial devem ser integradores de sistemas, ou seja, atuar junto dos construtores, engenheiros, arquitetos e usuários finais (moradores) projetando os diversos sistemas de forma integrada (elétrica, hidráulica, segurança, sonorização ambiente, comunicação e climatização). Devem ter uma formação e conhecimento em alguma área relacionada à construção civil (técnicos ou tecnólogos em edificações ou em eletrotécnica, engenharia civil, elétrica ou arquitetura) e fazer cursos relacionados especificamente a área, como de Automação Residencial ou de Integrador de Sistemas Residenciais.
Com relação aos cuidados que as empresas devem ter para atuar com automação residencial, pelo fato de lidar com equipamentos elétricos de baixa tensão associados a tecnologias de informação e de comunicações, é importante assegurar a segurança dos usuários e das instalações (contra choques elétricos, sobretensões, sobrecargas e quaisquer outros problemas) tendo projetos elaborados por profissionais habilitados que irão respeitar as normas técnicas da ABNT (NBR 5410, NBR 16264 entre outras), além de ter equipes qualificadas na instalação, verificação e manutenção dos sistemas.
Bônus: como aplicar novas tecnologias em construtoras e incorporadoras?
A demanda dessas novas tecnologias depende do perfil do cliente. Alguns clientes podem ter somente uma smart TV que demanda um ponto de internet cabeado (apesar das TVs terem wi-fi, o cabo tem maior capacidade e confiabilidade na transmissão de dados). Outros clientes desejam controlar a iluminação e os aparelhos de ar-condicionado. “As construtoras e incorporadoras devem compreender isso e deixar uma infraestrutura capaz de atender a todos os clientes”, orienta o docente. Uma infraestrutura pode ser composta por um quadro de sistemas (ao lado do Quadro de Distribuição de Luz e Força – QDLF) e de eletrodutos cabeados até todos os cômodos e, eventualmente, de eletrodutos e condutores específicos de elétrica para acionar motores e outros equipamentos (motores de cortinas, persianas, etc.), de acordo com o projeto e perfil dos clientes.
