Publicado em 26/11/2015Trabalhar no exterior deve ficar mais fácil para brasileiros

Trabalhar no exterior deve ficar mais fácil para brasileiros

Acordos com países estrangeiros facilitarão a ida de brasileiros à trabalho para o exterior

Novas oportunidades de carreira, melhores salários ou simplesmente um jeito de fugir da crise econômica por algum tempo: a partir de 2016, trabalhar no exterior vai ficar se tornar um pouco mais viável.
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) anunciaram termos de cooperação com outros países para permitir a contratação de arquitetos e engenheiros brasileiros.
No caso dos arquitetos, o acordo abrange a livre atuação desses profissionais nos países do Mercosul – o que já vinha sendo discutido há mais de 20 anos.
“Qualquer arquiteto e urbanista devidamente registrado no conselho profissional do seu país de origem poderá participar. O primeiro passo é possuir uma proposta de contrato, e um arquiteto designado para acompanhar a atividade no país de destino”, explica Fernando Diniz Moreira, coordenador da Comissão de Relações Internacionais do CAU Nacional.
A remuneração será acordada entre as partes, sempre respeitando a legislação trabalhista de cada país integrante do Mercosul. O contrato de exercício profissional será, no entanto, temporário, portanto, com prazo determinado – mas há possibilidade de renová-lo, segundo a necessidade do contratante e a vontade do contratado.
Moreira afirma que os acordos firmados no âmbito do Mercosul e com a Ordem dos Arquitectos de Portugal – este já em vigor – tendem a desburocratizar o sistema. Em breve, o CAU promete divulgar informações no seu site sobre como aproveitar as novas resoluções cooperativas internacionais.

Engenheiros em Portugal
Para engenheiros brasileiros que sonham sair do país, o novo destino possível é luso. Em setembro, o Confea assinou acordo com a Ordem dos Engenheiros de Portugal (OE), que reconhece o exercício profissional entre ambos os países.
“O termo foi ratificado em Portugal no último dia 28 de outubro. Agora, as duas instituições terão até abril de 2016 para elaborar um formulário definindo as exigências para transferir profissionais. Nossa expectativa é que 500  engenheiros brasileiros e 500 portugueses possam ser contemplados no primeiro ano da iniciativa”, avalia o engenheiro civil José Tadeu da Silva, presidente do Confea.
Brasileiros interessados em trabalhar no exterior deverão estar regularmente registrados no Confea ou no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de seu Estado, e ter cursado, pelo menos, 3.600 horas-aula de graduação em engenharia no Brasil.
A vantagem é que não haverá mais provas de admissão, o que antes era prática para receber profissionais em Portugal. “Nos últimos três anos contabilizamos a atuação, no exterior, de quase 300 profissionais brasileiros diplomados: foram 74 em 2013, 101 em 2014 e 119 em 2015”, informa Silva.
“Já apresentamos uma minuta do regulamento que deverá entrar em vigor até o início de 2016, e também definimos que o registro para exercício da profissão terá validade permanente”, finaliza o presidente.

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