Reajuste de salário na construção civil eleva custos
Reajuste gera mais custos para o Estado de São Paulo, mas não ameaça emprego de engenheiros e arquitetos
O reajuste do salário na construção civil foi o principal responsável pela alta de 1,39% nos custos do setor para o Estado de São Paulo, no último mês de junho. Custos com mão de obra subiram 1,96% em relação a maio, sendo que os salários dos engenheiros aumentaram 4,62%. Os números entram no cálculo do CUB (Custo Unitário Básico), índice oficial que reflete a variação de custos para o setor, informado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“O aumento é pontual”, explica o engenheiro Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). “Grande parte dos engenheiros tem data-base em maio, portanto ocorreram inúmeras negociações que chegaram a bom termo em diversas empresas. Nesses casos, obtiveram reajustes de até 8%.”
Vagas e salário na construção civil
Segundo Pinheiro, a elevação salarial atende à necessidade de recuperação dos ganhos do trabalhador, e não deve impactar de forma negativa sobre a oferta de empregos. Com a expectativa de crescimento econômico para os próximos anos, espera-se na verdade uma ampliação de oportunidades para a categoria, agora com melhor salário na construção civil. “Muito se tem falado sobre a escassez de engenheiros no Brasil. Para assegurar que o país disponha da mão de obra especializada é fundamental haver remuneração justa”, afirma. Remuneração
Outros fatores que influenciaram na variação positiva dos custos foram os materiais de construção, que registraram acréscimo de 0,33%, além de insumos, como a telha ondulada de fibrocimento 6 mm e o aço CA-50, que subiram, respectivamente, 4,35% e 0,60%.
Gestão de riscos é um tema que tem vindo cada vez mais à tona e merecido grande atenção no setor da construção
