Publicado em 22/11/2015Mulheres na construção

Mulheres na construção

Prefeitura oferece cursos grátis para mulheres interessadas na construção civil

Detalhistas, cuidadosas e organizadas, mulheres na construção têm conquistado seu espaço no mercado. A pedreira Simone Alves, de Pelotas (RS), ficou entre os finalistas da campanha Respeito se Constrói, que escolheu o rosto-propaganda da Votorantim Cimentos, no início deste ano.

Já a paulista e estudante de engenharia civil Janaína Oliveira se preocupava bastante com o que a futura profissão reservava para ela e decidiu se matricular no curso de edificações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de São Paulo (SENAI-SP), na Escola Orlando Laviero Ferraiuolo – outro sinal de que elas chegam com força, cuidado e muita responsabilidade.

Essas mulheres na construção comprovam que as diferenças físicas não são empecilho para competir com homens nos canteiros de obra. No próprio SENAI-SP, cursos de pedreiro assentador, pedreiro revestidor, pintor, eletricista e instalador hidráulico têm sido os mais visados pelas mãos femininas.

“Elas vêm buscando novas frentes de atuação em todas as áreas e as empresas que já venceram a fase do preconceito estão vendo vantagem nessas contratações. Mulheres não atrasam, não faltam, evitam o desperdício de materiais e contribuem para a redução de retrabalhos no canteiro”, diz Vânia Aparecida Caneschi, coordenadora de atividades técnicas do SENAI-SP.

Destaque é a habilidade feminina para os acabamentos: “Realizam o trabalho com qualidade, sem deixar de lado equipamentos de segurança, o que reduz ainda mais o número de acidentes nas obras”.

Mulheres na construção – Paraná

Em Guarapuava (PR), a previsão de obras públicas e privadas, somada à escassez de mão de obra na região fez com que a prefeitura local investisse na criação de cursos gratuitos de formação e qualificação de mulheres para a construção civil.

“Temos um projeto junto ao Governo Federal, com cursos de pedreira, eletricista, encanadora, azulejista e pintora, que acontecem em dez bairros da cidade e têm 40 horas de aulas teóricas e outras 120 horas de prática profissional”, conta Eva Schran de Lima, vice-prefeita e secretária de políticas para mulheres de Guarapuava. “São 20 vagas por turma, e em 2016 teremos sete novos cursos em diferentes bairros”, revela.

Atualmente, a região de Guarapuava contrata para obras do hospital regional, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, de dois colégios estaduais, além de casas e condomínios populares do Minha Casa Minha Vida; sem contar obras privadas, como a de um novo shopping center.

Segundo a Prefeitura, o aprendizado prático para mulheres é o mesmo oferecido para homens. “Exigimos que a empresa ganhadora da licitação para dar os cursos ensine as mesmas técnicas, para que mulheres tenham as mesmas condições de enfrentar o mercado de trabalho”, explica a vice-prefeita.

Para obter mais informações sobre os cursos gratuitos em Guarapuava, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, pelo telefone (42) 3622-1342.

Sobre Os Resultados Do Setor No Primeiro Semestre, Têm Que Avaliar Até O Dia Da Greve”, Afirma Claudio Conz, Presidente Da Anamaco.

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