Publicado em 09/09/2014Loja em casa: veja dicas para seu negócio familiar!

Loja em casa: veja dicas para seu negócio familiar!

Muitas revendas começam no quintal de casa; não transforme a empresa familiar em um problema

Em muitos casos de sucesso no empreendedorismo, os primeiros passos foram dados  com uma loja em casa. São empresas familiares que nasceram pequenas, dentro do ambiente doméstico, e que ganharam proporção e autonomia aos poucos, conquistando espaço exclusivo.

Essa realidade também é verdadeira para algumas lojas de materiais de construção, onde os produtos estão a poucos metros de distância do dormitório do revendor. “Isso reduz custos para o empresário iniciante”, justifica o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP), Fabiano Nagamatsu.

Para ele, no planejamento geral deste tipo de pequeno negócio “em família”, o que pesa mais é o plano operacional (ou como a empresa vai funcionar). É fundamental à saúde do empreendimento – e até da própria convivência familiar-, que sejam definidas regras claras de operação. Veja como!

Separação total
O primeiro passo é assumir uma postura de máximo profissionalismo. Verifique se na sua região de moradia é permitida a existência de estabelecimentos comerciais, segundo a lei de zoneamento do município. Vai ser preciso correr atrás de licenças e alvarás de funcionamento na prefeitura local.

Em seguida, separe os ambientes, e não misture elementos residenciais com os itens da sua loja em casa. Cada coisa deve ficar em seu lugar – o que é casa, e o que é comércio; o que é família, e o que é negócio. Trata-se de impor limites físicos, organizacionais, administrativos e de tempo (tenha horários fixos para trabalhar e para descansar).

A autonomia da empresa deve ser mantida até mesmo no que diz respeito a papeladas e itens de funcionamento da loja – não só produtos comercializados (separe o cimento para vender do cimento que vai ser usado numa reforma do espaço residencial), mas também materiais de escritório (não use nem leve papel ou canetas da loja para dentro de casa).

O empresário deve estipular e respeitar o horário de funcionamento da loja. Nagamatsu alerta: o melhor é não levar trabalho para casa, mas também não levar a casa para o trabalho. Evite, por fim, a comodidade de estar no seu lar para escapar do serviço, e só voltar à loja quando algum cliente aparecer por lá.

Dinheiro, só sob controle
Desvincule totalmente as finanças residenciais das contas da empresa. “Não tire dinheiro do caixa para pagar a sua conta pessoal de supermercado”, exemplifica Nagamatsu. Todos os funcionários (mesmo se forem filhos ou esposa do comerciante), e até o dono do negócio devem ter salários definidos com base em valores praticados pelo mercado, de acordo com seu cargo. Isso ajuda a evitar retiradas aleatórias do caixa.

O registro profissional desses funcionários também é recomendado. “Já vi casos de filhos que processaram os pais – morando sob um mesmo teto! –, porque trabalhavam na loja em casa e não tinham registro em carteira, portanto, não recebiam por horas extras, nem férias”, revela. Além disso, o registro garante benefícios como aposentadoria e fundo de garantia. Todos esses cuidados oferecem um sistema mais profissionalizado de gestão da empresa familiar. Ao atribuir um cargo a um filho ou parente, avalie também se ele tem competências necessárias às funções que lhe caberão.

Custo X Benefício: não escolha o seu fornecedor de cimento apenas preço 

Botão Site

 

Compartilhe esta matéria

Mais lidas

Veja também

X