Publicado em 12/10/2015Eficiência Energética com Sebrae-MT

Eficiência Energética com Sebrae-MT

No Mato Grosso, Sebrae lança programa de eficiência energética que atende revendedores de material de construção

Vazamento de energia é invisível, e pode prejudicar mais os negócios e o meio ambiente que vazamentos de água. Por isso, mudar hábitos e trocar equipamentos antigos, que consomem muita eletricidade, são o caminho da eficiência energética – e empresarial. Desde abril, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Mato Grosso (Sebrae-MT) vem trabalhando no Programa Sebrae de Eficiência Energética para os Pequenos Negócios (PSEE), com o objetivo de ajudar empreendedores a reduzir e não desperdiçar energia elétrica – o que não significa deixar de gastar este insumo tão essencial à produtividade, e que também pesa no bolso dos revendedores de material de construção.

“O programa é prioridade para o Sebrae-MT e para o Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS). Vamos conscientizar, estimular e orientar as empresas a reduzir de forma inteligente, em 10%, seu consumo de energia até 2017”, afirma Hermes Martins da Cunha, presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae-MT.

A meta do PSEE é atender 3 mil empresas e microempreendedores individuais, e os benefícios serão econômicos, sociais e ambientais, com atitudes que devem repercutir efeitos sobre o comportamento de fornecedores e consumidores.

Programa em três frentes
A ideia com o PSEE é trilhar três caminhos: inovação e acesso a tecnologia, educação, e recursos financeiros, com ênfase em áreas de ação como iluminação, motores elétricos, ar condicionado, bombeamento, aquecimento, e refrigeração. “Primeiro, buscamos sensibilizar empresários a combater o desperdício, cortando “gorduras”  a partir de hábitos simples: apagar a luz ao sair de uma sala; não deixar o ar condicionado ligado quando ninguém estiver ocupando o ambiente”, explica José Valdir Santiago, gerente da Unidade da Indústria do Sebrae-MT e idealizador do programa.

Consultores também vão até a loja para orientar, fazer um diagnóstico energético e propor o plano ideal de ação. “Avaliamos as instalações, e oferecemos um novo modelo, mais benéfico do ponto de vista econômico e ambiental, que reduza o consumo em kW/hora”, diz. Pode ser uma simples troca de interruptores, ou a indicação de lâmpadas mais eficientes, ou ainda um novo projeto luminotécnico que setorize pontos específicos da revenda.

“A maioria dos pontos de comércio não tem iluminação em circuitos separados, ou seja, você só consegue ascender todas as lâmpadas de uma vez só. Dependendo da existência de luz natural, pode ser desnecessário manter lâmpadas acesas, o dia todo, em todos os cantos da loja”, indica. Neste caso, um pequeno investimento em interruptores de seções divididas já reduzirá bastante a conta no final do mês.

Também é possível aderir a sensores de presença em banheiros e áreas fechadas de circulação, placas de energia fotovoltaica e dispositivos de controle automático – e para a loja de material de construção tudo é muito mais fácil, porque o lojista pode ter os novos equipamentos já à venda, nas suas gôndolas. “Se não tiver, amplia o negócio, passa a informar seu cliente sobre os benefícios dessas práticas, vendendo mais do que apenas cimento, areia e tijolos”.

A oportunidade também é de aprender a trabalhar com logística reversa, alerta Santiago. Quem vende lâmpadas eficientes, por exemplo, pode transformar sua loja num ponto de captação desses mesmos resíduos sólidos, fazendo divulgação e multiplicando a ideia sustentável. Basta informar o cliente que, no mesmo lugar onde ele compra a lâmpada, poderá descartá-la, para que tenha a destinação correta.

Desta forma, o revendedor não só aumenta seu mix de produtos, e o ticket médio da loja, mas trabalha em prol da política nacional de gestão de resíduos, e ainda ganha moral com o cliente. “Sem contar que gera receita, pois os resíduos sólidos são pagos por quem faz a coleta final.” Para educar o empreendedor, são feitos cursos, palestras, seminários, guias, cartilhas e infográficos, além do apoio das missões técnicas do Sebrae-MT e de uma brigada de agentes de energia, trabalhando em campo. “Todos mês disponibilizamos uma oficina de quatro horas, onde o empresário traz um de seus funcionários para conhecer medidas de economia de consumo e tecnologias de eficiência energética. A inscrição é feita por telefone, e custa R$80, para os dois participantes.”

Por fim, se o revendedor precisar financiar a instalação de novos equipamentos, junto aos bancos, e a instituição financeira pedir um projeto de viabilidade técnico-econômica, para saber em quanto tempo o empreendedor terá retorno do seu investimento, o Sebrae também colabora na confecção do projeto. “Nossa equipe de economistas desenvolve o trabalho ao custo de 1% do valor a financiar.

No mercado, consultores cobram, em média, de 3% a 4% do total financiado”, compara.
Interessados já podem acessar o Guia de Boas Práticas Sustentáveis: Eficiência Energética, lançado junto com o PSEE, pelo site www.sebrae.mt.com.br.

A inscrição para as oficinas no Sebrae é feita pelo 0800-570-0800 e atende apenas empreendedores do Estado do Mato Grosso. Para outros Estados brasileiros, vale conhecer o Centro Sebrae de Sustentabilidade, com relatos de negócios de sucesso, dicas e cartilhas para práticas sustentáveis, ou ainda buscar informações sobre cursos locais junto ao Sebrae de cada Estado.

Guia criado pela CBIC e Senai permite que cidades façam diagnóstico de seus problemas e de suas vocações

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