Publicado por Carla Rocha em 19/04/2021Custo indireto x direto: entenda as diferenças na obra
O planejamento pré-implantação de qualquer projeto é o momento em que se torna possível mapear todos os riscos envolvidos, para que durante a execução não tenha nenhum tipo de “surpresa”.Créditos: Shutterstock

Custo indireto x direto: entenda as diferenças na obra

Todo o custo, seja ele direto ou indireto, deve ser quantificado no projeto

Para que uma obra seja executada da maneira correta, são necessários diversos cuidados tanto antes quanto depois do planejamento, incluindo os custos, além de profissionais e materiais de qualidade, que são definidos nessa etapa inicial da construção. A primeira etapa de uma obra é a elaboração dos projetos (estrutura, arquitetura, instalações elétricas e hidráulicas e paisagismo) que deve ser feita tendo total consideração com relação às necessidades do cliente, as características do terreno e do entorno que também devem ser estudadas e avaliadas. Quando todos esses projetos são adequadamente realizados, considerando também a criação do cronograma financeiro, é possível passar para a próxima etapa, ou seja, a de planejamento de obra.

De acordo com Vinicius Andrade, que é engenheiro civil, responsável pela área de Planejamento de Obra e Controle de Custos no Grupo Ambipar, o planejamento pré-implantação de qualquer projeto é o momento em que se torna possível mapear todos os riscos envolvidos, para que durante a execução, não tenha nenhum tipo de “surpresa”. Todo o custo de mão de obra, seja ela direta ou indireta, combustível, equipamentos de linha amarela, equipamentos de içamento, custos de fretes para aquisição de insumos e insumos estratégicos do projeto devem ser contabilizados.

“Outro custo não tão comentado, mas muito importante, é o BDI, que é a avaliação total dos seus impostos e seus indiretos. Verba contingencial, onde deve ser previsto junto com as matrizes de risco do projeto, para que se ocorrer, não cause um impacto que possa prejudicar totalmente seu projeto”, ressalta. Ainda de acordo com ele, podemos chamar de custo direto todos os custos operacionais para a produção, como materiais, mão de obra operacional e equipamentos.

“Os custos indiretos são as despesas administrativas, despesas comerciais, mão de obra técnica, canteiros de obra, despesas financeiras e tributárias”, orienta. Já com relação as ferramentas utilizadas para elaborar um planejamento de custos, existe uma estimativa análoga para empresas maduras que tem um bom histórico de dados ou profissionais que têm um bom tempo de atuação no segmento. “Estimativas paramétricas são muito usadas para pequenos e médios projetos, e estimativa “bottom-up”, onde dessa forma você consegue compor recursos de todas as atividades previstas no projeto”, complementa.

Estudo de viabilidade econômica

Antes de se começar qualquer tipo de obra é necessário realizar corretamente um estudo técnico e de viabilidade financeira para comparar as possíveis soluções de sistemas construtivos que podem ser adotados no empreendimento. Como exemplo, na fase de anteprojeto é comum que as construtoras realizem estudos comparativos entre diferentes métodos construtivos, tais como: sistemas em alvenaria estrutural ou concreto armado; laje maciça ou pré-moldada; bem como em projeto de fundações, após soluções recomendadas por projetistas, como: em estaca hélice contínua, sapatas ou estaca raiz. O estudo de viabilidade econômica é fundamental antes de iniciar um projeto, pois é ele que avalia se ele será rentável e também realizável dentro das possibilidades daquele empreendimento e deve ser basicamente composto por quatro fatores principais:

  1. Custos: sendo estes diretos e indiretos tanto de construção quanto de eventuais manutenções.
  2. Benefícios: valores monetários de benefícios, podendo ser estes os valores esperados na venda de apartamentos no caso de um edifício, ou ganho aos usuários de uma estrada no caso de uma obra de infraestrutura viária, por exemplo.
  3. Período de análise: qual o tempo que se espera para o retorno deste investimento.
  4. Taxa interna de retorno: taxa calculada que considera custos e benefícios do empreendimento. A sua função é indicar a viabilidade do mesmo.

A análise desses estudos deve ser realizada a fim de indicar a viabilidade ou não de determinado sistema, impactando de maneira significativa no orçamento, planejamento e execução da obra, interferindo nos prazos, quantidade de materiais, mão de obra e, consequentemente, nos custos de seus empreendimentos. Também é muito importante entender cada um dos processos administrativos e executivos de uma obra, a fim de realizar um cronograma assertivo com informações relativas aos quantitativos de serviço, determinação de datas de execução, formas de acompanhamento dos índices de produtividade e, claro, definição de entrega do produto final.

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