Covid-19 no canteiro de obras: como está a pandemia
O Seconci-SP tem realizado uma série de ações de prevenção à doença
A segurança dos profissionais da obra, tanto no quesito acidentes quanto em saúde e cuidados pessoais, é um fator que tem crescido em importância para as construtoras e incorporadoras.
Com rígidas medidas de proteção, os canteiros de obras têm conseguido manter há meses os casos de contaminação por COVID-19 abaixo de 1% do contingente dos trabalhadores nas obras do Estado de São Paulo, um nível bastante reduzido.
Para medir essa incidência, o Seconci-SP e o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção) desenvolvem uma pesquisa semanal em canteiros de obras desde 1º de maio de 2020, que mostra uma redução cada vez maior do coronavírus entre os trabalhadores.
De acordo com Haruo Ishikawa, presidente do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) e vice-presidente de Relações Capital – Trabalho do SindusCon-SP, a indústria da construção não interrompeu as suas atividades desde o início da pandemia, preservando o emprego e a saúde dos seus trabalhadores.
E elevou sua atividade, aumentando o nível de emprego do setor. De julho de 2020 a junho de 2021, a construção abriu 322.697 novos empregos, um aumento de 15,15%, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Ações efetivas para o combate a Covid
Ainda segundo o representante da entidade, a 62ª rodada, onde foram coletados dados de 579 obras, envolvendo 39.277 empregos diretos e terceirizados, de 22 a 28 de julho, apurou-se que os casos confirmados de COVID-19 atingiam apenas 0,09% do contingente de trabalhadores, e os suspeitos, 0,22%.
Na ocasião em que os dados foram coletados, nenhum trabalhador estava em internação hospitalar ou havia ido a óbito. “No momento estamos realizando, junto com as demais entidades de empresas e trabalhadores da construção paulista, uma intensa campanha em favor das vacinas, enfatizando sua importância para sairmos da pandemia”, complementa.
Desde o início da pandemia, o Seconci-SP tem realizado uma série de ações de prevenção à doença entre os trabalhadores da construção paulista. Entre elas, destacam-se:
Campanhas intensas de comunicação e orientação sobre as medidas de prevenção junto às construtoras e aos trabalhadores;
- Aplicação de mais de 14 mil testes, sempre acompanhados por um médico, para estabelecimento do diagnóstico e tratamento, se for o caso;
- Instituição do Programa SOS – Seconci-SP Obra com Saúde, que disponibiliza profissionais de saúde nos canteiros de obras para medição de temperatura, orientações e acompanhamento dos afastamentos por COVID-19;
- Criação do Disque Coronavírus, uma linha direta pela qual os trabalhadores da construção podem falar com os médicos da entidade, tirar suas dúvidas e receber orientações em relação à doença.
Nas Unidades Básicas de Saúde do município de São Paulo que o Seconci-SP administra, são aplicadas as vacinas contra a COVID-19, dentro do plano de imunização oficial. Além disso, a OSS Seconci-SP também administra uma unidade do Governo Estadual responsável pela distribuição de vacinas e outros medicamentos à rede pública de saúde do Estado de São Paulo.
Vale destacar também que a Organização Social de Saúde (OSS) Seconci-SP construiu e administrou dois hospitais de campanha na cidade de São Paulo, e atende ininterruptamente os casos suspeitos e confirmados da doença nos hospitais e ambulatórios das redes públicas estadual e municipal que a entidade administra.
Bônus: perspectivas para o futuro do setor
Para Ishikawa, as perspectivas de que esse crescimento se manterá são favoráveis. Mesmo com os aumentos de custos derivados das elevações de preços dos seus insumos, o setor segue atendendo satisfatoriamente à demanda incessante por construção imobiliária, industrial e comercial, e por obras de infraestrutura.
Faça o download gratuito do e-book especial PCMAT e NR-18: Como garantir a segurança do trabalhador:
