Publicado em 15/07/2014Conheça as cooperativas de crédito

Conheça as cooperativas de crédito

Com aportes mínimos, você tem acesso a taxas de juros mais interessantes que dos bancos

Quem é microempreendedor e busca linhas de crédito não precisa depender dos bancos. Muitos empresários usam as cooperativas de crédito – instituições organizadas sob a forma de sociedade cooperativa (grupos de empresários), mantidas pelos próprios cooperados, que exercem ao mesmo tempo o papel de sócios e de usuários dessa instituição.

Para ter acesso a benefícios, é preciso ser cooperado. E para ser cooperado, é preciso colaborar, com um aporte mínimo de entrada que varia de acordo com o tamanho, a importância e o tempo de vida de uma cooperativa. Há grupos em que a entrada é possível com apenas R$ 20.

“Não há  cooperativas de crédito específicas só para revendedores de materiais de construção. As regionais atendem empresários da indústria e do comércio, de todos os segmentos”, informa Ronaldo Sielichow, vice-presidente do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) União Metropolitana, de Porto Alegre (RS).

As cooperativas fazem exatamente tudo o que um banco faz. Além de serem regidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central, têm produtos de investimento, faz cobranças, e empresta a taxas bastante diferenciadas porque, ao contrário dos bancos comerciais, sua finalidade não é lucrativa.

Oferece ainda consórcios, seguros, e viabiliza a competitividade de seus cooperados, que não são seus clientes, mas “sócios” – votam, podem ser votados e participam de toda a administração dos interesses do ente cooperativo. “Ao final de tudo, o balanço de contas tem que ser igual a zero”, diz Sielichow.

Para chegar a zero, depois de pagas as despesas da cooperativa e recebidos os aportes (colaboração) de cada cooperado – ele destina uma porcentagem sobre seu faturamento e movimentações para o fundo do grupo –, a reunião de empresários conta ainda com a renda auferida pelos serviços prestados (inclusive os empréstimos).

O resto, que seria lucro numa empresa privada, é dividido entre todos, de acordo e na proporção de sua contribuição. “Temos um fundo garantidor, onde são aplicados os capitais investidos pelos associados”.

Cooperativas de crédito não segmentadas

A vantagem de não segmentar cooperativas de crédito por tipo de produto ou serviço prestado é que, num mesmo ente cooperado, podem participar tanto microempresários quanto empresas de grande e médio porte – o que aumenta não só a segurança desses investimentos, como também o seu volume e, portanto, a própria disponibilidade de crédito mais barato.

“Aqui entram pessoas físicas e jurídicas”, explica o vice-presidente. “O mais interessante é que, independente de ser um microempreendedor individual (MEI), que aporta R$ 20, ou um grande empresário, capaz de entrar com milhões de reais, todos são iguais e têm poder de voto, participando igualitariamente das decisões. Diferente de uma empresa típica (reunião de capitais com uma finalidade econômica), somos uma instituição de pessoas”.

O sistema Sicredi é nacional, mas cada regional tem sede e CNPJ próprios, um conselho administrativo, e um presidente. As taxas de juros para os empréstimos a microempresários cooperados serão negociadas em cada contrato.

Um comitê de crédito faz a análise do cooperado que quer emprestar, checagem de suas possíveis restrições e riscos de inadimplemento – exatamente como levantado pelos bancos comerciais. “Essa gestão é muito importante, porque o dinheiro é emprestado a partir da contribuição dos outros cooperados, e sempre deve haver, ao final, uma sobra a ser divida entre todos”.

Saiba quais fatores você precisa levar em consideração na hora de calcular os preços dos produtos da sua loja

Botão Site

 

Compartilhe esta matéria

Mais lidas

Veja também

X