Uma perícia realizada em dezembro do ano passado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) constatou uma série de irregularidades no canteiro de obras da Arena Amazônia, estádio que receberá jogos do Mundial de Futebol, em Manaus. Sessenta e três das então 64 normas vigentes de proteção à saúde e segurança do profissional de obras estavam sendo descumpridas. A única norma cumprida envolvia a etapa de escavações, que já havia sido concluída. Foram necessárias medidas de segurança para assegurar a qualidade das obras.

Com o ajuizamento de Ação Civil Pública pelo MPT, foram trazidos ao canteiro um perito judicial designado pela Justiça do Trabalho, um analista pericial do MPT, três procuradores do trabalho, dois auditores fiscais do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Amazonas, e um assistente da construtora responsável.

Segundo informou a assessoria de imprensa da Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região, as obras, inicialmente embargadas, só puderam ser retomadas após a adoção de medidas de segurança para regularizar os trabalhos: correção dos andaimes, instalação do sistema de proteção contra quedas e de equipamentos de proteção coletiva, além da implantação de sistema para evitar queda de materiais e ferramentas da cobertura do estádio, foram algumas das exigências impostas.

A construtora teve ainda que implementar medidas de supervisão e controle de ações para prevenção de acidentes, garantir o comprometimento de técnicos de produção na gestão da segurança e saúde dos trabalhadores, suspender o trabalho noturno na cobertura do estádio, avaliar o uso de ferramentas de análise de risco na execução de trabalhos em alturas, e dar treinamentos de segurança. A Arena Amazônia foi finalmente inaugurada no dia 9 de março, e receberá quatro jogos do Mundial.

Foto: Glauber Queiroz/Portal da Copa

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