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Publicado em 13/12/2019Tipos de tijolos: como escolher o melhor para a obra?
Antes de definir o tijolo ideal, é imprescindível levar em consideração alguns fatores como orçamento e resistência do materialCréditos: Shutterstock

Tipos de tijolos: como escolher o melhor para a obra?

Deve-se seguir sempre a especificação do projeto e verificar o material entregue em obra

Por Carla Rocha

 

A construção civil é um setor que emprega muitos profissionais e que impulsiona outros diversos setores do país, além de também movimentar as vendas nas lojas de materiais de construção. Entre os principais materiais utilizados na maioria das edificações estão o cimento, brita, areia, agregados e, principalmente, os tijolos. Existem vários tipos, um para cada ocasião e, antes de definir o tijolo ideal, é imprescindível levar em consideração alguns fatores como orçamento, resistência do material, o clima do local e também a viabilidade e necessidade do cliente.

De acordo com Elizabeth Montefusco, professora do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia, as edificações executadas em alvenaria estrutural podem ser divididas entre armadas e não-armadas, e os blocos podem ser de concreto ou cerâmica. Já os blocos estruturais são os mais utilizados por conterem componentes empregados com a função estrutural e de vedação da edificação, suportando cargas verticais e horizontais. “Suas características de fabricação seguem as normas regulamentadoras e resistência necessárias conforme previstas em projetos e especificações. Eles são assentados com técnica própria e possuem ótima resistência e qualidade”, salienta. Como esses blocos possuem uma função estrutural, podem tornar a construção mais rápida e econômica, eliminando fôrmas e escoramentos de vigas e pilares de concreto armado, por exemplo.

Segundo a docente é necessário ter atenção para seguir sempre todas as especificações do projeto, além de verificar o material que será entregue em obra, com a atenção da indicação de que o componente é de uso estrutural. “São leves, apresentam uniformidade dimensional, facilitam a modulação e permitem a integração com sistemas elétricos”, destaca Elizabeth Montefusco, docente do Instituto Mauá de Tecnologia. Possuem bom conforto térmico e acústico. O bloco é produzido a partir de uma matéria-prima argilosa e são queimadas em temperaturas elevadas, além de possuir ótimo conforto térmico e acústico.

 

Tipos de tijolos: blocos de cimentos ou concreto

Os blocos de cimento ou concreto podem ser de vedação ou estruturais e, geralmente, são produzidos com a utilização de cimento e pedriscos. Apesar de serem considerados resistentes, possuem o menor conforto térmico quando são comparados com outros tipos de blocos ou tijolos cerâmicos. “Devido ao seu tamanho, estes componentes também facilitam a elevação das alvenarias, agilizando a execução”, destaca. Também é possível integrar as instalações elétricas em seu interior, mas deve-se levar em conta que são mais pesados.

Outra opção muito utilizada atualmente é o tijolo de solo-cimento, ou tijolo ecológico, que pode ser uma boa alternativa para atender as características e necessidade de uma construção sustentável. Esse tipo de tijolo é elaborado a partir da prensagem de uma mistura de solo, cimento e água, esse produto recebe destaque por apresentar um menor impacto ao meio ambiente durante seu processo de fabricação, comparado a outros blocos utilizados na construção civil no Brasil. Conheça os tipos de tijolos mais comuns:

 

 

Tijolo cerâmico

O tijolo cerâmico é um dos modelos mais utilizados na construção civil, consiste basicamente na queima de argila e pode variar a sua coloração de acordo com o tempo de cozimento. Ele não possui função estrutural, por isso é utilizado como vedação e garante a separação entre os ambientes, porém não garante a sustentação.

 

Tijolo adobe

O tijolo adobe (ou adobo) é um tipo de tijolo produzido a base de barro, areia, esterco, palha e fibra vegetal. Ele é moldado em fôrmas de madeira, utilizando uma técnica construtiva sustentável, sem a necessidade da queima.

Tijolo ecológico

O tijolo ecológico é uma ótima solução para construções que têm apelo sustentável, principalmente porque não emite poluentes durante o processo de fabricação que é feito com água, cimento e terra (solo). Ele é assim chamado por provocar menos impactos ao meio ambiente do que o tradicional. Em sua composição pode conter alguns resíduos de demolição, construção ou da agroindústria, como fibras de coco ou bagaço de cana.

 

Tijolo de concreto

Uma das principais vantagens do tijolo de concreto é a alta resistência e o maior isolamento acústico. Geralmente, esses tijolos são utilizados em prédios e obras de  grande porte. São produzidos com a mistura de cimento, água, areia e agregados.

 

Tijolo decorativo

Esse modelo  é muito utilizado em ambientes internos para dar um ar de elegância à decoração de bloco pode ser transparente ou colorido e é ideal para locais sem janelas que necessitem de iluminação. Os blocos de vidro são mais caros do que os comuns e pedem uma instalação mais cuidadosa, pois quando mal encaixado ou alinhado de forma errada pode prejudicar todo o projeto.

 

Tijolo solo-cimento

O tijolo de solo-cimento, além da necessidade de um menor consumo de energia para a extração da matéria-prima e transporte da mesma, por conta do tijolo ter a possibilidade de ser confeccionado no local da obra, evita o processo de queima em sua produção, simbolizando a relação entre as diretrizes de um desenvolvimento sustentável.

 

Vantagens e desvantagens

Como alternativas de vedações, pode-se utilizar os tijolos comuns, maciços, que são produzidos com argila e possuem bom conforto térmico e acústico, além de serem resistentes. Porém, em função de suas dimensões, se faz necessário maior quantidade de componentes para construir um metro quadrado de parede, quando comparado à outras opções.

O tijolo furado, também conhecido como tijolo baiano, tem sido muito utilizado, principalmente, devido ao seu baixo custo. Possui normalmente 6 ou 8 furos internos e é produzido em cerâmica. Também apresenta um bom conforto térmico e acústico. A parte externa evidencia ranhuras favoráveis à aderência da argamassa e, por dentro, são lisos. “A elevação de alvenaria com estes componentes é mais rápida, quando comparada com a de tijolos maciços, devido ao seu tamanho maior e peso menor, porém são mais frágeis e quebram com facilidade, por isso, existe uma grande quantidade de perda de material”, destaca.

“Para a escolha adequada, deve-se analisar o tipo de edificação, a sua localização, as condições de uso ao qual será submetido, o clima e o desempenho térmico e acústico”, orienta a docente. É importante também analisar as dimensões dos painéis de alvenaria em que o componente será utilizado, bem como a quantidade e dimensões de aberturas nas alvenarias, devido às portas, janelas, entre outros; o peso e a modulação também deverão ser considerados. “Além da composição, irregularidades dimensionais, deformações, resistências dos componentes, implicarão em maiores revestimentos para garantir a planicidade das alvenarias, aumentando custos de materiais, mão-de-obra, prazo final de obra, podendo ainda apresentar anomalias futuras”, finaliza.

 

Quer saber mais sobre tijolo ecológico? Confira: https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/tijolo-ecologico-uma-solucao-sustentavel/?doing_wp_cron=1568834025.5210919380187988281250

 

 

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