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Publicado por Carla Rocha em 12/08/2021Tipos de rejunte para diferentes revestimentos
Sempre é necessário verificar as instruções do fabricante. Na embalagem e/ou na ficha técnica correspondente há informações importantes de aplicação.Créditos: Shutterstock

Tipos de rejunte para diferentes revestimentos

É necessário manter a limpeza adequada dos rejuntes para garantir a durabilidade

A argamassa para rejunte trata-se de um material industrializado cuja função é preencher as juntas de assentamento entre placas cerâmicas e, com isso, auxilia na impermeabilização das “laterais” dos revestimentos em cerâmicas. Este material também fornece e tem a função de dar acabamento ao sistema de revestimento cerâmico. Portanto, tem uma função estética, além de técnica. Existem três tipos principais de rejunte: cimentício, acrílico e epóxi. Existem disponíveis no mercado também algumas argamassas específicas, para pastilhas, por exemplo, que têm a função simultânea de assentamento e rejuntamento.


De acordo com Larissa R. G. J. de OIiveira Flaifel, engenheira e professora da Universidade São Judas Tadeu (USJT) e sócia da Academia da Construção e Inovação (ACI), como características, diferenças e especificidades entre eles, podemos citar a sua composição. Esta composição química dos rejuntes é que também determina as espessuras (dimensões) das juntas entre as peças. Na realidade, o tamanho das juntas é determinado pelas normalizações técnicas específicas dos revestimentos (cerâmicas, porcelanatos…) e, mediante a esta dimensão de junta recomendada é que são elencadas as tipologias de rejuntes mais adequadas. “O rejunte cimentício, pelas suas características, costuma realizar juntas de 2 mm até 10 mm; já o acrílico admite a realização de juntas de 1 mm até 4 mm; e o epóxi realiza juntas de 1 mm até 5 mm”, orienta.


O ambiente ao qual será aplicado o rejunte também deve ser levado em consideração: se serão revestimentos de piso, de parede, se serão internos ou externos, se serão áreas molhadas (ex: box de banheiro) ou molháveis (ex: cozinha, área de serviço). Neste sentido, o rejuntamento cimentício é voltado para pisos, paredes, revestimentos cerâmicos em áreas externas e internas. Já o acrílico possui as mesmas finalidades do cimentício, só que também é adequado e pode ser empregado para revestimentos de porcelanato. E o epóxi é o rejuntamento que, além de ser adequado para as mesmas finalidades do cimentício e do acrílico, também rejunta revestimentos para piscina.

Dicas para melhorar a aplicação em obra

Sempre é necessário verificar as instruções do fabricante. Na embalagem e/ou na ficha técnica correspondente sempre há informações importantes de aplicação e eventuais especificidades do produto. Isso inclui não só a aplicação em termos de pontos a serem levados em conta para e pela mão de obra, mas também quanto o próprio preparo adequado do material em si.


Outro fato sempre relevante e importante é o treinamento da mão de obra e acompanhamento da mesma, de forma que ela se mantenha especializada. Por mais que pareça um serviço simples, é necessário sempre ter atenção, pois, como mencionado anteriormente, o rejunte tem função não apenas estética mas também técnica no que tange ao preenchimento das juntas.


Em termos de facilidade ou dificuldade de aplicação, o cimentício e o acrílico tendem a ser mais fáceis de serem aplicados. “O epóxi tem uma maior complexidade pela sua especificidade quanto à sua absorção um pouco desigual aos demais, porém, com experiência e breve treinamento, não exige grandes habilidades por parte da mão de obra”, ressalta. Durante a execução deve-se também ter atenção ao “tempo em aberto” que varia conforme a tipologia de rejunte e, eventualmente, conforme o fabricante.

Veja como realizar o cálculo e manutenção do material

Ainda de acordo com a docente, a manutenção deste material é relativamente simples e deve ser realizada com a frequência determinada pelo manual do proprietárioe/ou sempre que forem verificadas falhas, pois estas podem gerar infiltrações. Em média, esta manutenção ocorre a cada 2 anos, a depender do ambiente e do nível de uso e etc. “Periodicamente, devem ser analisados os rejuntes das paredes e dos pisos, em busca de falhas ou de sinais de umidade”, orienta.


Quando ocorrer esta manutenção, ela deve zelar pela preservação dos revestimentos. “Devemos sempre lembrar que uma reforma e /ou uma nova construção pode e deve ser balizada por projetos, inclusive, os projetos de paginação de ambientes”, complementa. Nestes, ficam determinadas as espessuras da juntas assim como as indicações e especificações técnicas dos revestimentos e rejuntes. Isso inclui a cor dos rejuntes que influi, substancialmente, na estética do ambiente em conjunto ao revestimento.


Com relação à manutenção preventiva a fim de garantir a durabilidade, é necessário manter a limpeza adequada dos rejuntes, com uso de sabão em pó neutro, esponja e pano úmido. “Na medida do possível recomenda-se também que se evite manter água acumulada”, ressalta. Mesmo que o material seja impermeável, ele se desgastará mais rapidamente se houver água acumulada por um período de tempo maior (exceto nos casos específicos de piscinas). Quanto ao cálculo do consumo do rejunte, ou seja, de quanto deve ser comprado, normalmente esta informação também consta na embalagem e/ou ficha técnica correspondente. “Este índice/indicador consta na unidade kg/m², assim, sabe-se por estimativa o quanto comprar de rejunte por área revestida de revestimento”, finaliza.

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