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Publicado em 02/05/2019Tipos de pintura de parede: o que utilizar para paredes externas
O primeiro passo é realizar a aplicação de fundos (primers) que são produtos com a finalidade de corrigir e preparar as superfícies

Tipos de pintura de parede: o que utilizar para paredes externas

Escolher as cores e um material de qualidade é fundamental para evitar problemas futuros

Antes de realizar a aplicação da pintura de parede é preciso entender que o processo vai muito além da escolha da cor até a escolha da melhor tinha para realizar a pintura, seja ela interna ou externa; pontos como quem será o profissional a realizar, que deve ser capacitado e utilizar os equipamentos de segurança (EPIs) também devem ser observados. Uma das principais preocupações de quem realizará o trabalho de pintura de parede é a aplicação de tinta em paredes externas, pois elas acabam sofrendo diversas intervenções — como a ação dos ventos e das chuvas —, apresentando mais riscos de deterioração do que as paredes internas.

Por isso é preciso se atentar ao tipo de tinta para cada aplicação que deve ser realizada, considerando as principais características do substrato. Para Moacir Ferreira, coordenador de obras da Dinâmica Engenharia, a escolha das cores e de um material de qualidade é fundamental para evitar problemas futuros: “O ideal é não escolher cores muito fortes ou escuras demais na fachada. Devido ao acúmulo maior de calor da incidência do sol, essa cor que faz com que a fachada retenha mais o calor, e durante o dia ela dilata e à noite (com o frio) ela retrai, gerando possíveis patologias”, aponta.

Para a professora Elizabeth Montefusco, do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia, o mercado disponibiliza variedade de tipos de tintas, massas e outros produtos para aplicação em revestimentos internos e externos. “Portanto, é importante considerar algumas diferenças básicas entre os tipos de tinta e escolher o adequado para cada situação, pois não existe uma única tinta para todas as superfícies e usos”, destaca. A escolha do produto adequado para cada superfície e local é essencial para um bom acabamento e durabilidade.

A tinta acrílica difere da tinta látex, por exemplo, pois contém resinas acrílicas em sua fórmula, o que proporciona ao produto alta impermeabilidade, uma vez aplicado, tornando-o especialmente eficaz para pinturas externas. Essa impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas molháveis. As tintas acrílicas podem ser lavadas — ao contrário do látex, que deve ser limpo apenas com pano úmido.

As tintas acrílicas apresentam certa variação nas características do acabamento final, como acabamento fosco, semibrilho, acetinado, entre outros que proporcionam maior facilidade de limpeza e, até mesmo, maior cobertura de pequenas imperfeições.

A tinta látex com PVA (Acetato de Polivinila) é, talvez, a tinta mais usual para áreas internas. Normalmente o látex tem uma base solúvel em água, facilitando o preparo para aplicação, bem como a limpeza de pincéis, rolos e possível remoção no caso de respingar em alguma superfície desprotegida. De acordo com as fontes consultadas, ela seca rapidamente e o odor típico de pintura é mínimo. Porém, o produto não é adequado para áreas molhadas ou que possam receber chuva.

A seleção adequada de materiais também é outro ponto importante e que deve ser seguido de acordo com a norma ABNT NBR 13245:2011, que determina as especificações para obtenção de pinturas internas e externas que atendam tanto à função protetora quanto à decorativa, e também determina que o primeiro passo é realizar a aplicação de fundos (primers) — produtos com a finalidade de corrigir e preparar as superfícies, uniformizando-a com o objetivo de proporcionar mais durabilidade à pintura e garantir a economia da tinta do acabamento. Outros têm como função proteger a superfície de ações corrosivas.

Preparação para antes e depois da aplicação

De acordo com a norma de especificação ABNT NBR 13245:2011, a superfície deve estar firme, coesa, limpa, seca, sem poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo, e é preciso escolher o sistema de pintura adequado para cada situação. Além disso, faz-se necessário ler e respeitar as indicações dos rótulos das embalagens, e antes da utilização deve-se homogeneizar cada produto de forma a garantir que todo o conteúdo da embalagem esteja uniforme. A diluição deve respeitar a indicação do fabricante de acordo com o tipo de substrato, bem como a aplicação deve ser feita com as ferramentas indicadas pelos fabricantes. O intervalo entre demãos deve ser respeitado, conforme orientação do fabricante, para que não haja perda de desempenho do produto, tais como enrugamento ou deficiência na secagem ou baixa coesão.

É preciso também respeitar as condições ambientais adequadas para aplicação dos substratos: temperaturas no intervalo de 10 °C a 40 °C e umidade inferior a 90%. Outro ponto importante a ser destacado é que não são recomendadas misturas entre tipos diferentes de tintas, com exceção das especificadas pelos fabricantes. Diferentes marcas comerciais também não devem ser misturadas nos sistemas de pintura, com o objetivo de garantir a qualidade da aplicação.

Cuidados com clima e manutenção

Para Moacir, o período de chuvas no Brasil já é bem conhecido e raramente acontece uma variação muito grande. Geralmente, na região Centro-Oeste, por exemplo, ela começa em novembro/dezembro e vai até fevereiro/março; então, esse cronograma deve ser pensado para que a chuva não interfira nas atividades. “É preciso planejar de forma que a pintura não venha ocorrer dentro desse período”, ressalta Moacir. A realização da pintura nesses períodos deve ser evitada também para reduzir a necessidade de retrabalho.

Para finalizar, a pintura recém-executada deve ser protegida contra poeira e água ou contatos acidentais durante o tempo de secagem da tinta. Leves manchas de fuligem podem ser removidas com água e sabão neutro — com atenção para não provocar manchas na superfície. “Ao longo do tempo, a manutenção deve ser feita removendo-se superfícies que apresentam descascamento com uso de ferramentas adequadas”, orienta a docente. No caso da presença de fissuras, as mesmas deverão ser reconstituídas com massas adequadas, dependendo de se tratar de áreas internas ou externas.

Normas e especificações:

ABNT NBR 13245:2011 – Tintas para construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais — Preparação de superfície;

ABNT NBR 11702:2010 Versão Corrigida: 2011 – Tintas para construção civil – Tintas para edificações não industriais – Classificação.

Para conferir as perspectivas dos comerciantes para 2019 no setor do varejo, acesse: https://www.mapadaobra.com.br/gestao/perspectivas-varejo/

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