Revestimentos para áreas molhadas ou molháveis: como indicar?
Optar por um bom profissional com referências na hora de realizar a instalação faz toda a diferença
Você já ouviu falar em área molhada? Antigamente, as áreas molháveis ou molhadas, como banheiros, cozinhas, varandas e lavanderias, eram conhecidas como “áreas frias”, mas com o passar tempo, esse conceito foi subdividido em duas categorias: “área molhada” e “área molhável”, o que dividiu também a opinião de profissionais da construção civil, em especial engenheiros e arquitetos, porque junto com cada um destes conceitos está atrelada ou não a exigência de impermeabilização.
Tais conceitos foram publicados na norma brasileira NBR 15575 Edificações habitacionais – Desempenho, em vigor desde julho/2013, onde foram definidos alguns critérios que devem ser respeitados na construção das habitações brasileiras, entre eles o de estanqueidade. Confira abaixo a definição de cada uma delas de acordo com a especificação da norma:
- O que são áreas molhadas: “áreas da edificação cuja condição de uso e exposição poderá resultar na formação de lâmina de água (por exemplo, área de serviço, box no banheiro com chuveiro e também as áreas descobertas)”.
- O que são áreas molháveis: “são as áreas do empreendimento que costumam receber respingos de água decorrente da sua constante exposição, mas que não necessariamente resulte na formação de lâmina de água (por exemplo, banheiro sem chuveiro, bancada das cozinhas e sacadas cobertas)”.
Uma das maiores exigências dessas áreas é de serem impermeáveis a fim de servirem como estanques a fim de impedir a passagem da água para outras camadas do piso, o que poderia gerar patologias. Para evitar esse tipo de problema, é interessante que seja realizada uma boa impermeabilização dessas áreas onde será assentado o piso/revestimento, seguindo corretamente as orientações destacadas no manual do fabricante, como dupla colagem, espaçamento e nivelamento corretos, além de utilizar os produtos e ferramentas adequadas. Outro ponto de destaque é garantir que nessas áreas tenha o escoamento correto da água, por exemplo, pelos ralos.
Veja como indicar revestimentos para áreas frias: molhadas ou molháveis
Julio Cesar Moraes, da Conibase Home Center, explica que antes de indicar o melhor revestimento para área molhada ou molhável, é preciso entender a necessidade de cada cliente e também possuir alguns conhecimentos técnicos com relação àquilo que se está vendendo na loja de materiais de construção. “Hoje grande parte das informações vem na etiqueta colada pelo fabricante nas amostras”, ressalta.
Para Moraes, a escolha vai depender muito do local e se é piso ou parede. “Se queremos fazer uma parede em uma lavanderia ou banheiro, o ideal é que ele seja impermeável e se possível retificado. Pois, quanto maior a junta de rejuntamento, maior a chance de ter algum tipo de infiltração”, orienta. Já quando se fala em piso, o mais importante é que ele seja resistente ao escorregamento, para evitar acidentes, mas dependendo da área, o produto tem que ter características adicionais como no caso das lavanderias e banheiros, que precisam ser de fácil limpeza; as piscinas, que devem ser atérmicas (não reter calor); e as garagens, que devem ter resistência para receber o alto tráfego.
Além disso, é importante também que o consumidor esteja atento na hora de contratar um prestador de serviços e sempre optar por um bom profissional com referências na hora de realizar a instalação. “Na verdade, a maior especialização, que eu vejo, é no profissional que vai fazer a estrutura para assentamento, onde exige um grau técnico maior para ver o produto correto e os cálculos da impermeabilização da alvenaria, por exemplo”, destaca. Quanto ao assentamento, se o profissional tiver uma certa experiência, usar os produtos e ferramentas adequadas e respeitar o manual do fabricante, o cliente não terá problemas na instalação. Veja também como fazer o cálculo de materiais para sua obra:
