Cronograma de obra: dicas para ser mais produtivo
O primeiro é não esquecer de considerar os prazos de cura de cada componente
Umas das maiores dificuldades enfrentadas pelos profissionais da obra iniciantes, é a organização com relação ao cumprimento de prazos, e para facilitar esse processo algumas mudanças de hábito podem fazer toda a diferença. Por exemplo, a elaboração de um cronograma detalhado logo no início da obra e todos os passos e prazos devem ser seguidos à risca para evitar o atraso dessa entrega. Para aumentar a assertividade e produtividade da obra é preciso ter, primeiramente, um cronograma definido e compartilhado com todos da equipe ou com o cliente que contratou o serviço para que assim ele também esteja preparado para qualquer eventualidade.
Para entender melhor esse processo, nós conversamos com o Gustavo F. Silva, azulejista especializado e apresentador do Canal do YouTube Papo de Obra. Confira as dicas a seguir.
Para ele, o primeiro passo para elaborar um cronograma de obra de sucesso e ser mais produtivo é não esquecer de considerar os prazos de cura de cada componente. Por exemplo, se o serviço será uma reforma, por exemplo, onde será feita primeiramente a demolição e depois a impermeabilização. “Essa impermeabilização, no caso, exigirá um tempo para a cura, então o ideal é contabilizar os prazos de cura e esperar, geralmente, dois ou três dias para realizar alguma outra atividade ali naquela área que foi impermeabilizada”, ressalta.
Todo o tipo de obra exige um prazo de cura específico para cada componente da obra e muitos profissionais não consideram esse tempo e sim apenas o prazo de execução. Lembrando que o tempo de execução é uma coisa, após concluída a execução exige um segundo passo que é todo o processo de cura do concreto – que podem ser de vários tipos: cura úmida, cura por agente químico ou térmica – entenda mais sobre isso aqui. “Por exemplo, eu estou executando o baldrame de uma construção, foi feito o enchimento do baldrame, só que não podemos colocar a alvenaria logo em seguida porque ele precisa de um prazo mínimo de cura”, explica.
A dica para se manter produtivo enquanto alguns processos dependem da fase de cura, é executar outros serviços que não estão naquela área para serem realizados. Por exemplo, é possível fazer o nivelamento do terreno, iniciar os baldrames dos muros e a tubulação hidráulica subterrânea para ganhar tempo e assim realizar uma obra com mais agilidade.
É importante considerar os três pontos: tempo de execução, prazo de cura, orçamento da obra, etapas e materiais para cada uma delas. “Para ser mais produtivo durante a execução do trabalho é necessário colocar os serviços dentro dos processos de cura”, aconselha.
Por exemplo, estou realizando a etapa de baldrame? Então, preciso de materiais básicos como madeiramento, concreto, britas e aço. O cronograma de obras auxilia também o profissional a ter um controle maior dessas etapas e quais os materiais que serão necessários para a execução de cada fase. “Ou seja, o cronograma auxilia nessas etapas e é importante que ele tenha algumas informações, como a data de início da obra, tempos de execução para cada etapa e adquirir ou solicitar os materiais de acordo com esse cronograma”, orienta.
“Então, com isso eu já tenho uma visão daquilo que vou precisar utilizar, em toda a obra até a parte de acabamentos e revestimentos”, complementa.
O cronograma de obras para profissionais da obra pode servir como um apoio, gerando uma linha do tempo com as diversas atividades que precisam ser realizadas dentro da obra, cujo final corresponde à entrega da obra.
Além disso, para melhorar ainda mais a produtividade, o interessante é que assim será possível considerar o fluxo de materiais a circular em cada dia/fase da obra seja uma nova empreitada ou uma reforma e saber em quais dias eles começarão a executar o serviço e quando será finalizado. Até mesmo para conseguir organizar e se alinhar com as agendas desses profissionais, pois os bons costumam ter uma agenda bem apertada.
Outro fator essencial é direcionar os profissionais adequados para cada execução, ou seja, cada profissional a fazer o seu determinado trabalho. O carpinteiro para fazer a carpintaria, o pedreiro de fundação para fazer a fundação, o armador para fazer a armação e o eletricista para fazer a parte elétrica. “Se eu colocar um pedreiro para fazer a carpintaria pode até ser que ele consiga fazer, mas o carpinteiro certamente terá mais agilidade até mesmo por conta da sua experiência neste nicho de trabalho”, finaliza.
Veja também como calcular os materiais no canteiro:
