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Publicado por Carla Rocha em 07/09/2020Como especificar concreto para calçadas
É bem importante que se tenha um projeto balizador em que contenha o detalhamento e as especificações técnicas necessárias.Créditos: Shutterstock

Como especificar concreto para calçadas

Sua execução deve garantir a segurança e acessibilidade para todos os cidadãos

A especificação de concreto para calçadas depende não apenas das dimensões da calçada, mas também da “taxa de tráfego” seja de pedestres ou de carros. As calçadas e vias de maior fluxo não são constituídas obrigatoriamente por concreto, no entanto, o traço, ou seja, a proporção de materiais, bem como a resistência mínima característica (Fck) do concreto, dependerão deste fluxo de transeuntes e de toda a carga direcionada sobre tal elemento.

Portanto, deve-se também levar em consideração as regulamentações locais para calçadas, quando estas existirem. De acordo com a Secretaria Municipal da Cidade de São Paulo, alguns pontos precisam ser observados e também algumas diretrizes para a especificação de calçadas, tanto da execução quanto dos tipos de materiais utilizados, bem como quesitos relacionados ao dimensionamento, conforme orientações contidas no documento PMSP – Configuração das calçadas de acordo com o tipo de via.

Segundo a professora Larissa Regina Gonçalves J. de Oliveira, do curso Engenharia Civil da Uninove, tomando-se como exemplo estas próprias especificações técnicas e, balizando-se também pelas premissas elementares estruturais da NBR 6118 – Estruturas de Concreto Armado – Procedimento, é indicado adotar os seguintes requisitos mínimos para se orientar nos casos de concreto moldado in loco aplicado em calçadas:

 

  • Resistência à compressão: mínima de fck 25 MPa;
  • Espessura: 7 cm;
  • Acabamento superficial: diversidade de texturas e cores;
  • Armadura: telas de aço soldadas;
  • Base: terra compactada com camada separadora de brita.

 

Ainda de acordo com a docente da Uninove, o concreto também pode receber um acabamento diferenciado e  ser do tipo “vassourado” ou também receber estampas coloridas. “Neste caso, o piso recebe um tratamento superficial, executado no mesmo instante em que é feita a concretagem do pavimento, enquanto o concreto ainda não atingiu início de pega”, ressalta. Como a resistência mínima deve ser de 25 MPa, deve-se tomar cuidado quanto ao recolhimento dos corpos de prova quanto no momento da concretagem para ruptura futura (aos 28 dias) e assim assegurar-se de que esta recomendação mínima estrutural fora atendida. Além das recomendações específicas supracitadas, qualquer calçada deve conter algumas determinações (PMSP, 2019):

 

  • A superfície deve ser regular e contínua, além de ter firmeza e ser antiderrapante sob qualquer condição climática;
  • Devem ser evitadas quaisquer desníveis ou inclinações que dificultem a circulação dos pedestres;
  • É importante manter a concordância entre os níveis das calçadas já executadas entre vizinhos, desde que elas também estejam em conformidade com as orientações descritas previamente;
  • O piso construído na calçada não deve obstruir tampas de concessionárias (água, telefonia e esgoto) e nem formar degraus ou ressaltos com elas a fim de dificultar a manutenção;
  • As calçadas executadas e conservadas de maneira adequada para garantir a segurança e acessibilidade para todos os cidadãos.

 

Para a docente, mesmo sendo uma “simples calçada” como o senso comum pode acreditar, dependendo das dimensões e do uso é bem importante que se tenha um projeto balizador ao qual contenha o detalhamento e as especificações técnicas necessárias, além do próprio traço (proporção dos agregados em relação ao cimento utilizado assim como do fator água/cimento do concreto) para que se obtenha êxito e coerência no produto final em consonância com as caraterísticas e requisitos já citados anteriormente.

Sobre a execução de calçadas e aplicação do concreto é recomendável também que sejam seguidas as principais normas correlatas de acessibilidade quanto à inclinação das calçadas (quando existir) e sinalizações necessárias (NBR’s 9050 e 16537) para que se tenha um projeto coerente com todas as premissas de segurança e acessibilidade. “Por último, mas não menos importante, a presença de um profissional técnico habilitado se faz importante no acompanhamento assim como no projeto de uma calçada, mediante a todos os fatores acima mencionados”, finaliza.

 

Normas correlacionadas:

 

  • NBR 5738 – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova;
  • NBR 7203 – Determinação do abatimento de tronco de cone;
  • NBR 12655 – Concreto – Preparo, controle e recebimento;
  • NBR 6118 – Estruturas de Concreto Armado – Procedimento;
  • NBR 16537 -Acessibilidade — Sinalização tátil no piso —Diretrizes para elaboração de projetos e instalação.
  • NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

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