Publicado em 14/05/2016Sinduscon-SP realiza 2º ciclo de palestras ConstruBR
Segunda edição do ConstruBR debateu produtividade, atratividade do setor, sustentabilidade e construção industrializada

Sinduscon-SP realiza 2º ciclo de palestras ConstruBR

Especialistas da Colômbia, Chile e México mostraram exemplos de sucesso na cooperação entre poder público e iniciativa privada

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) realizou, nos dias 14 e 15 de abril, a 2ª edição do ConstruBR, evento de palestras paralelo à Feicom Batimat para discutir competitividade e produtividade do setor.

O ConstruBR trata de inteligência, tecnologia e gestão no desenvolvimento de negócios da construção, identificando as necessidades atuais para o crescimento da construção civil no Brasil. No primeiro dia do evento, participantes acompanharam três painéis: “Produtividade e Atratividade”, “Desafios da Sustentabilidade” e “Construção Industrializada”.

O vice-presidente de economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, apresentou o estudo “O Desafio de elevar a produtividade da construção civil no Brasil”, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Para ele, o Brasil tem características que freiam o aumento da produtividade, mas isso não afasta as responsabilidades do setor – “organização, melhora na gestão e na qualificação da mão de obra”, enumerou.

Já o coordenador do Comitê do Meio Ambiente do Sinduscon-SP (Comasp) e diretor técnico da Tecnisa, Fabio Villas-Boas, detalhou as fases do empreendimento Jardim das Perdizes, na zona oeste da capital paulista: o bairro construído segundo diretrizes sustentáveis, atualmente em fase de entrega de unidades, é exemplo de investimento que agrega valor à empresa, traz qualidade de vida e benefícios à saúde pública.

O engenheiro Ubiraci Espinelli, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o arquiteto Roberto Candusso e o diretor comercial da Leonardi, João Carlos Leonardi, destacaram como a industrialização torna processos construtivos mais rápidos, econômicos e sustentáveis, e que o uso de pré-moldados, como os de concreto, não padroniza produtos, nem deve ser visto como elemento limitante à criatividade de projetistas.

Segunda rodada da ConstruBR

No segundo e último dia do ConstruBR, foram apresentados os resultados de um estudo da Deloitte Consultoria sobre o potencial da construção civil em 10 municípios do interior paulista, ainda pouco explorado. “A força do interior é muito grande. Voltar  nossas atenções para essas cidades é enxergar oportunidades”, ponderou Flávio Amari, presidente do sindicato da habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP).

Odair Senra, vice-presidente do Sinduscon-SP, lembrou que as cidades do interior de SP têm características bastante diferentes, como demografia e poder de compra, e que por isso grandes empresas do setor devem associar-se a empresas locais, que conhecem melhor seus contextos regionais, importante fator no desenvolvimento de empreendimentos e novos negócios.

No tema da habitação e infraestrutura, foi ressaltada a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para melhores serviços básicos de moradia, saneamento e iluminação pública. A participação da iniciativa privada, com mais competência em gestão e capital para acompanhar mudanças com a velocidade necessária, foi defendida pelos participantes. No terceiro painel, “Políticas Permanentes de Habitação”, as PPPs também tomaram conta dos debates. Segundo o presidente da comissão de habitação da Câmara Chilena da Construção, Rogelio Gonzalez, “não há outra forma de financiar um grande número de moradias”.

O diretor do Instituto Social de Vivienda y Habitat de Medelim, Humberto Iglesias Gómez, lembrou que, com tais parcerias, a capital colombiana passou de uma situação de extrema violência para se tornar um local com melhor infraestrutura, habitação popular e segurança. A mesma solução foi adotada no México, para amenizar o déficit habitacional nos grandes centros: “Reutilizamos moradias abandonadas, e esse projeto só deu certo porque o governo recorreu à iniciativa privada”, explicou o coordenador da Câmara Mexicana da Indústria da Construção, Pablo Dell Valle y Bianco.

Já que o assunto é produtividade na construção civil, veja como a gestão de pessoas nas obras pode ser o fator chave para impulsionar os resultados.Botão Site

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