Publicado em 28/05/2013Sinduscon-SP e SESI lançam projeto “Elevação da Escolaridade”

Sinduscon-SP e SESI lançam projeto “Elevação da Escolaridade”

Depois de combater o analfabetismo, desafio é elevar escolaridade do operacional

Se antes a preocupação era com o grande número de operários analfabetos na construção civil, hoje o maior desafio está em fazer com que essa mão de obra adquira escolaridade mais elevada, enquanto trabalha. Esta é a missão do projeto Elevação da Escolaridade, uma parceria entre o Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo, Sinduscon-SP, e o Serviço Social da Indústria (SESI),  já em andamento desde 2010. A mesma parceria se repete atualmente em outros estados brasileiros.

“O curso, ministrado nos canteiros de obras, visa diminuir o chamado analfabetismo funcional, ao proporcionar conhecimentos complementares de português e matemática para que trabalhadores sejam capazes de realizar operações e interpretação de textos básicos”, explica Maristela Honda, vice-presidente de Responsabilidade Social do sindicato. O objetivo dos cursos está em oferecer aos trabalhadores a continuidade dos estudos por meio de cursos profissionalizantes. “Assim, o servente de pedreiro terá condições de se tornar pedreiro, com maiores benefícios salariais e autorrealização profissional e pessoal”, conclui.

Segundo o Sinduscon-SP, índices de analfabetismo entre os trabalhadores da construção civil têm apresentado melhora significativa nos últimos anos. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados em 2010, mostraram que o percentual de analfabetos no segmento foi reduzido em mais de 60% desde 2000. Naquele ano, o número de analfabetos era de 29 mil em um universo de 1,1 milhão de operários, ou seja, 3% do total. Em 2009, 23 mil trabalhadores, de um total de 2,2 milhões, não sabiam ler nem escrever.

“Com o aprendizado continuado, contribuímos para uma maior inserção social do trabalhador e de toda sua família. Além de compreender melhor funções básicas do cotidiano de um canteiro, ele poderá ler e interpretar manuais de execução e informativos sobre produtos, entender seu extrato bancário, seu contracheque e terá condições de escrever uma carta”, diz Maristela.

Construtoras podem inscrever-se na regional mais próxima do Sinduscon para receber os cursos em seus canteiros. Devem disponibilizar espaço para a realização das aulas, com bancos, mesas e lousa, para o mínimo de 10, e o máximo de 30 alunos. Professores e apostilas são oferecidos pelo programa. Cada curso terá duração mínima de três meses, com carga horária de 4,5 horas semanais.

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