Em 2013, foi aprovada a NBR 15.575:2013 – Edificações Habitacionais, mais conhecida como Norma de Desempenho. A implantação dessa norma, no entanto, estabeleceu uma mudança de paradigma para o mercado imobiliário, tendo em vista que, sua ideia principal foi fornecer parâmetros e requisitos mínimos de desempenho das edificações habitacionais brasileiras – algo que ainda não existia e já era discutido pelo mercado desde os anos 80, aproximadamente.

 

Com essa aprovação da NBR 15.575, o que muda para o mercado imobiliário, afinal? De acordo com as fontes consultadas pelo Papo Construtivo, muitas são as alterações para todos os agentes envolvidos pela cadeia, sendo eles: incorporadores, projetistas, construtores, fabricantes e usuários. A ideia é que cada um saiba das suas responsabilidades dentro do processo e tenha seu comprometimento para que a edificação mantenha seu desempenho de acordo com a norma.

Como funciona o desempenho?

É importante destacar que o projeto deve ser pensado para fornecer o melhor desempenho à nível de segurança, habitação e durabilidade para o usuário. Por isso, desde o início, o projetista deve ser envolvido nesse trabalho. De acordo com Sérgio Domingues, diretor técnico da Tarjab, é muito mais fácil projetar e conceber um empreendimento com desempenho logo em sua implantação do que fazer alterações em um empreendimento já em construção.

 

A NBR 15.575 foi dividida em 6 partes. Em cada uma delas existe um direcionamento sobre alguns requisitos que devem ser cumpridos, tais como: requisitos gerais, sistemas estruturais, sistemas de pisos, sistemas de vedações verticais internas e externas, sistemas de coberturas e sistemas hidrossanitários.

 

O Edifício Soberano, localizado na Vila Mariana, em São Paulo, realizado pela Tarjab, foi o primeiro do estado a executar a Norma de Desempenho. Um dos seus destaque está no desenvolvimento de sistemas para cumprir os requisitos voltados aos sistemas acústicos, como ruídos de impactos. O empreendimento, que possui 23 andares e é destinado para um público de alto padrão, teve um aumento em seus custos de cerca de 2%, de acordo com o diretor, para fazer tais implementações. Porém, tendo em vista a necessidade de cumprimento da norma e o quanto isso agrega valor ao imóvel, até a realização desse material todas as unidades já estavam vendidas.

 

Confira suas partes de acordo com a ABNT Catálogo:

ABNT NBR 15575-1:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho: Parte 1: Requisitos gerais;

ABNT NBR 15575-2:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho: Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

ABNT NBR 15575-3:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho: Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

ABNT NBR 15575-4:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho: Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas — SVVIE;

ABNT NBR 15575-5:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho: Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

ABNT NBR 15575-6:2013 – Edificações habitacionais — Desempenho: Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

 

OBSERVAÇÃO:

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) não tem ligação com nenhum projeto privado nessa matéria, ressaltando que sua participação é exclusivamente editorial.

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