Publicado em 23/07/2013Viaduto estaiado utiliza alongamento de cabos

Viaduto estaiado utiliza alongamento de cabos

Curitiba aposta no alongamento de cabos que sustentam tabuleiros de concreto

A tecnologia usada na construção de pontes estaiadas reúne duas vantagens em comparação à estrutura convencional armada: permite vencer vãos acima de 120 metros e acelera o tempo da construção. A execução acontece em dois locais ao mesmo tempo. Enquanto no canteiro é feita a infraestrutura de concreto armado, outra parte metálica é fabricada nas metalúrgicas.

“Em pontes estaiadas, um tabuleiro é suspenso por cabos externos, também conhecidos como estais. Esses cabos partem de um ou mais mastros, e são dispostos em planos verticais ou inclinados, que sustentam o tabuleiro”, explica o engenheiro Sérgio Antoniasse, secretário de obras públicas de Curitiba, e coordenador de obra para o primeiro viaduto estaiado da capital paranaense – o Francisco H. dos Santos. Iniciada há um ano, a previsão é de que ele esteja pronto em outubro.

Pontos fundamentais do sistema são alongamento dos cabos e fadiga – o primeiro garantindo que deslocamentos do tabuleiro sejam anulados de acordo com a carga recebida; a última, relacionada a um processo progressivo de microfissuração dos materiais, devido à natureza cíclica dos esforços.

“Tais oscilações geram a necessidade de amortecedores dos cabos, e exigem estudo aerodinâmico. Uma ponte convencional dispensa esses cuidados. As ações transversais do vento sobre os estais têm efeitos complexos ao conjunto, e os esforços de flexão não são lineares, ao contrário de estruturas comumente usadas”, compara. Por isso, a estrutura dependerá de cálculos a partir de programas computacionais sofisticados.

Estética do viaduto estaiado

Além do aspecto técnico, pontes estaiadas têm grande valor estético – tornam-se pontos de referência nas grandes cidades. A Otávio Frias de Oliveira, inaugurada em 2008 na Marginal Pinheiros, já é cartão postal da capital paulista. Dimensionada para um fluxo de cerca de quatro mil veículos por hora, a ponte foi construída com tabuleiro de concreto protendido de 290 m de extensão e 16 m de largura. A obra, realizada pela Construtora OAS, teve participação da Votorantim Cimentos, com fornecimento de 70.000 m³ de concreto pelas centrais Santo Amaro e Jurubatuba da Engemix.

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