Publicado em 22/01/2018Concreto submerso é a melhor escolha para estruturas de fundações abaixo d’água
É possível realizar diferentes métodos de execução, como por exemplo o uso da tremonhaCréditos: Shutterstock

Concreto submerso é a melhor escolha para estruturas de fundações abaixo d’água

As construções submersas ou parcialmente submersas são de extrema importância para a construção civil

Como o próprio nome sugere, o concreto submerso é a solução para obras que precisam ser executadas parcial ou totalmente dentro de água salgada ou doce, como pontes, barragens ou outras estruturas. Alguns cuidados devem ser tomados em concretagem submersa, um deles é analisar os solos através de sondagens à percussão ou rotativas.

Em alguns casos o acompanhamento de mergulhadores é fundamental. Eles auxiliam as etapas e garantem maior segurança, principalmente contra vazamentos, afinal, uma possível contaminação da água pode gerar um elevado impacto ambiental.

 

Concreto submerso: características

O ambiente marinho é muito agressivo, a norma classifica esses locais como de agressividade máxima, nível IV. O concreto para este tipo de obra não pode se misturar à água ou ao solo, portanto, deve ter coesão dos grãos, que, resumidamente, significa não permitir a sua dispersão no contato com a água. Isso oferece maior resistência ao ataque químico. Uma possível solução é o uso de cimentos resistentes a sulfato, indicados com um “RS” ao final da nomenclatura técnica de norma (Exemplos: CP III 40 RS, CP V ARI RS, entre outros).

Para atingir o nível ideal, é indicada a especificação de elevada quantidade de materiais finos, como fíler calcário, metacaulim, sílica ativa e areia fina. O melhor tipo de concreto para ser aproveitado em situações submersas é o autoadensável. Esse produto já apresenta elevado teor de finos e conta com aditivos superplastificantes, tornando-se, assim, a opção sob medida para situações subaquáticas.

 

Métodos de execução: tremonha x injetada

O método mais utilizado para execução da concretagem submersa tem o auxílio de uma tubulação conhecida como tremonha. Com formato de pirâmide invertida, a tremonha leva o concreto até a parte inferior da fôrma, que vai sendo preenchida de baixo para cima, até transbordar. As fôrmas podem ser de madeira ou metálicas. As fôrmas de madeira são removidas depois da estrutura pronta. As de metal podem se tornar parte da estrutura, como é visto nos pilares de cais.

Outra solução é a concretagem submersa injetada. Nesse processo, as fôrmas recebem a brita e as ferragens. Na sequência, é injetada por pressão a nata de cimento pura nos espaços da brita. A concretagem submersa injetada também pode ser aproveitada no reparo ou na recuperação de estacas danificadas pela ação da salinidade ou dos movimentos marítimo.

 

Evite problemas

Muitos cuidados devem ser tomados em construções deste tipo. Vale se atentar às seguintes:

  • É importante fazer a análise do solo submerso.
  • É necessário que o concreto lançado por tremonha tenha grande plasticidade e seja auto-adensável, com fator água-cimento (a/c) menor ou igual a 0,45.
  • Requer acompanhamento de mergulhadores.
  • É preciso ter cuidado com o controle do tempo de injeção e lançamento do concreto submerso.

 

Escolha bem o seu fornecedor

A complexidade da obra exige que o fornecedor apresente excelente qualidade e comprometimento, isso evita danos à sua obra e também ao meio ambiente. A Engemix, negócio de concreto da Votorantim Cimentos, oferece produtos para estruturas de fundações estabilizadas sem a necessidade de uso de lama bentonítica para execução de tubulões em locais abaixo da linha d’água e reparos subaquáticos em barragens e pilares de pontes. Saiba mais aqui.

O concreto autoadensável é o mais indicado para construções submersas. Quer saber como é seu funcionamento na prática? Confira o case do residencial Allegro, que inclui um deck molhado e um solarium.Botão Site

 

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