Publicado em 02/06/2015Uso da água no canteiro

Uso da água no canteiro

Crise hídrica também coloca canteiros de obra em estado de alerta; fique longe das multas!

Nunca o assunto da economia no uso da água foi tão falado e repetido. De fato, com a crise hídrica nos principais Estados da Região Sudeste, e principalmente em São Paulo, todos olham o tema com mais atenção.
A própria Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) adotou medidas rigorosas, oferecendo descontos de até 30% na conta para quem reduzir o consumo. O incentivo vale também para os canteiros, por isso, vale a pena mudar a relação com a água na execução da obra, e não desperdiçar.
Um Manual de Conservação e Reúso de Água em Edificações, feito pela Agência Nacional das Águas (ANA), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) traz dicas de como fazer uma melhor gestão da água no canteiro, desde o projeto da edificação, escolha dos materiais, até o final da execução da obra.
A orientação passa pela indicação de equipamentos, como bacias sanitárias com controle de vazão, torneiras automáticas e reservatórios. “O correto é que as construtoras escolham sistemas construtivos que viabilizem a economia do uso da água – desde que sejam também economicamente viáveis, a exemplo dos métodos industrializados a seco”, avalia Lilian Sarrouff, coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) do Sinduscon-SP.
“No projeto básico, sanitários, cozinha, ambientes de produção de argamassa e de concreto, e o espaço destinado à lavagem dos veículos devem ser implantados em pontos onde as instalações hidráulicas sejam mais acessíveis.”
Água da chuva pode ajudar na lavagem do canteiro, de equipamentos e das rodas dos caminhões. O uso de tambores como reservatórios auxiliares não é apropriado, já que acumula água no fundo, podendo servir de foco para doenças como a dengue.

Como economizar
Antes de implantar um canteiro, o estudo do abastecimento de água e das condições de captação de esgoto devem ser feitos – para evitar instalações precárias que puxam água de vizinhos ou poços de superfície.
“A concepção do projeto executivo deve envolver as instalações provisórias da obra, bem como a localização dos pontos de entrada definitivos, que deverão ser compatibilizados com a logística de execução do empreendimento”, detalha Sarrouff.
A instalação de um hidrômetro, e o informe regular dos gastos com uso da água aos funcionários também apontam focos de desperdício. É interessante ainda que o construtor estabeleça um canal de comunicação com os operários, para que possíveis desperdícios sejam relatados e solucionados.

Trabalhador consciente
Para quem trabalha na execução da obra, a dica é não abusar do uso da água: evite banhos demorados no vestiário, e seja breve ao lavar as mãos. Chuveiros e torneiras com temporizadores automáticos estão programados para fornecer a quantidade de água necessária, e bacias sanitárias com caixa acoplada também trazem reguladores de vazão. Reaproveite a água da chuva para lavar áreas comuns e equipamentos.
Fontes alternativas também podem ser utilizadas no processo de cura do concreto ou no preparo de argamassas, desde que exista uma orientação da própria construtora para o procedimento.

Guia para Gestão de Segurança nos Canteiros de Obras traz orientações para a prevenção de acidentes

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