Publicado em 21/10/2015Telhas de fibrocimento prometem grande cobertura

Telhas de fibrocimento prometem grande cobertura

Produto tem baixo custo e garante diminuir a necessidade do uso de madeira em telhados

Quem busca uma alternativa de baixo custo para a cobertura de residências, edifícios comerciais ou industriais, galpões e centros de distribuição, encontra, nas telhas de fibrocimento, um material que disputa espaço no mercado com os modelos metálicos (em aço galvanizado ou alumínio), cerâmicos e de concreto.

Apesar da forte concorrência, as telhas de fibrocimento são populares, por conta do baixo preço: em média, R$ 7,95 (por unidade), nas revendas paulistanas. E como esse tipo de cobertura permite vencer vãos maiores, por sua leveza, são necessárias poucas peças para cobrir grandes áreas.

“Duas peças e meia cobrem um metro quadrado de área”, informa Marcelo Roffe, diretor comercial e de marketing da fabricante Brasilit. Mas a maior vantagem está refletida na estrutura desse telhado que, menos robusta, terá uma economia de 25% nos gastos com a madeira – material nobre e, hoje, escasso. A mão de obra, por consequência, também será mais barata.

“Não há ripas nem caibros. A estrutura para um telhado em fibrocimento se limita às tesouras e às terças, estas últimas servindo de apoio para as telhas e, ao mesmo tempo, no contraventamento do telhado”, ensina o engenheiro civil e professor da Universidade de São Paulo (USP), Holmer Savastano Junior.

Também dá para economizar no tipo de madeira usada. Como as telhas de fibrocimento são leves, é possível optar por madeira laminada colada ou eucalipto tratado – ambas de custo mais baixo –, a depender da avaliação de um profissional experiente sobre o tipo mais compatível à carga total do telhado projetado.

“A madeira deve ter resistência mínima adequada ao peso da cobertura, e receber o tratamento de secagem”, complementa o professor.

A dimensão da estrutura, no projeto, segue as medidas das telhas a usar, além da inclinação prevista para o telhado e da necessidade de superposição de peças, tanto longitudinal, quanto transversalmente.

Fibras mais cimento
A telha Colonial, comercializada pela Brasilit, foi idealizada sem amianto em sua composição. “Adotamos uma tecnologia alternativa, o cimento reforçado com fios sintéticos (CRFS)”, explica Roffe.

A solução mostra que a indústria tem se preocupado com a saúde, tanto de quem usa o ambiente construído com produtos de fibrocimento, como daqueles que fazem sua instalação.

O amianto é um material considerado altamente nocivo, sua poeira pode causar doenças respiratórias graves e até o câncer de pulmão – por isso o risco aos profissionais de obra que fazem o recorte, serrando as telhas.

Em São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco já existem projetos de lei para proibir o uso do amianto, antes largamente utilizado para dar maior resistência mecânica às placas de cimento. É da mistura de fibras de amianto com o cimento que deriva o nome “fibrocimento”.

Mas as fibras, a exemplo do produto da Brasilit, não precisam ser de amianto. A substituição por outros materiais é possível, e está sendo estudada.

No entanto, como o mercado ainda comercializa produtos reforçados com fibras de amianto, vale consultar a lei 9.055/1995, que regula extração, industrialização e produção controlada da substância, também chamada crisotila. A lei faz referência ainda à comercialização de produtos que contenham a fibra.

Por fim, é o anexo 12 da norma NR-15, do Ministério do Trabalho e Emprego, que regula o museio do amianto por profissionais da construção civil, determinando  que sejam feitos exames periódicos do tórax e dos pulmões para avaliar uma possível contaminação. Para evitá-la, é imprescindível executar os trabalhos com máscaras de proteção apropriadas, sobre o nariz e a boca.

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