Publicado em 05/02/2016Robô pedreiro

Robô pedreiro

SAM, um robô pedreiro, lança argamassa e assenta blocos; conheça a inovação

A robótica vai chegar com força nos canteiros de obra. Uma start up norte-americana desenvolveu o SAM – Predreiro Semiautomatizado, na sigla em inglês -, capaz de assentar blocos de alvenaria três vezes mais rápido que qualquer ser humano. O robô pedreiro, que custa quase R$ 2 milhões, não substitui a mão de obra de canteiro, mas trabalha junto dela, numa parceria capaz de agilizar a obra, com grande aumento da produtividade.

SAM carrega e pega os blocos, lança a argamassa, se movimenta sobre um eixo horizontal e vai colocando os blocos sobre a linha de assentamento, à medida que um bloqueiro tira os excessos de argamassa da parede, com uma colher de pedreiro. Para o pedreiro, portanto, sobra o trabalho mais leve e detalhado, como preparar o local para a máquina, assentar os blocos em cantos e pontos de difícil acesso, limpeza dos blocos e outras finalizações estéticas.  

O robô pedreiro também não se deixa atrapalhar pelas condições mais adversas. Se estiver montado sobre um andaime, em local onde haja muito vento, neve, chuva ou calor intenso, realizará com perfeição suas funções repetitivas, porque bastante adaptável. E vai além: assim como o bom pedreiro, que vê o projeto e identifica o que não dá para ser executado na obra, por alguma incompatibilidade do mundo real com a proposta teórica, faz as correções necessárias na hora de assentar os blocos, para completar sua tarefa.

“O projeto vai dizer que uma janela está a nove metros da esquina de um edifício, mas, ao chegar à obra, pode não ser exatamente assim”, disse Scott Peters ao MIT Technology Review, publicação do Massachusetts Institute of Technology. Peters é co-fundador da Construction Robotics, start up criadora do SAM, de Victor, Estado de Nova Iorque. “Pedreiros sabem como se adaptar a isso, então tivemos que criar um robô que faz o mesmo”, complementa. O sistema automatizado funciona melhor na execução de grandes paredes planas e sem recortes, como em fachadas de prédios residenciais, universidades e hospitais – mas produzir detalhes não será um problema.

SAM avança e recua em centímetros o assentamento de algumas peças, seguindo o desenho de imagem pixalada, para criar relevos na fachada, texturas ou logotipos de empresas – tudo a partir de um conjunto de algoritmos que direcionam lasers e sensores capazes de medir ângulos, velocidade e orientação, e de movimentar-se acompanhando a extensão da parede que está sendo executada.  O robô foi lançado comercialmente no último semestre de 2015, mas ainda em edição limitada. Em março do ano passado, SAM já havia sido premiado no World of Concrete, evento internacional da indústria do concreto que acontece anualmente nos Estados Unidos, como produto mais inovador de 2015.

Veja aqui o robô pedreiro SAM em funcionamento, e entenda as dificuldades que tiveram de ser superadas para desenvolver este novo braço-forte dos canteiros.  

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