Publicado em 18/12/2015Orçamento de calçada

Orçamento de calçada

Orçamento de calçada: preço do serviço depende do material utilizado, da área total a pavimentar e da localidade da obra

Desde que a Lei das Calçadas foi regulamentada em São Paulo, em 2012, muita gente tem dúvidas sobre qual tipo de material usar, como orçar serviços e executar passeios públicos. Antes, porém, o profissional de obra deve considerar o uso a que se destinará o espaço para fazer um bom orçamento de calçada: “Vão transitar por ela apenas pedestres, ou servirá também de acesso para veículos de passeio e caminhões?”, questiona Martinho da Silva Zacarias, instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de São Paulo (SENAI-SP).

A resposta ajuda a definir se o material necessário terá de ser mais ou menos resistente – e, por consequência, mais ou menos caro. Soluções em concreto são conhecidas por serem as mais duráveis, em qualquer caso. Outro fator importante é a metragem quadrada total da área a ser pavimentada: o tamanho da calçada também influencia na escolha do material, e no preço a ser cobrado pelo serviço.

Contando apenas a mão de obra e o material para a execução, o preço médio do serviço varia entre R$ 180 e R$ 400, por metro quadrado (preços para a região metropolitana de São Paulo). E nao acaba por aí: o orçamento também muda de acordo com o bairro onde a obra é contratada. “O potencial econômico dos clientes em regiões distintas de uma mesma cidade também impacta sobre os preços praticados”, explica o professor.

Por fim, avalie se a obra é só um pequeno reparo, reforma parcial, ou se a saída será quebrar tudo o que existe, e começar uma calçada nova, do zero. Essa avaliação indica a quantidade de entulho a remover do local, ensina Edson Marques, diretor comercial da empresa Calçadas do Brasil, especializada no serviço. “Quando a reforma é completa, primeiro o profissional remove todo o piso existente, com cuidado.

Ao fazê-lo, checa a espessura da camada de concreto e calcula o número de caçambas que vai precisar para todo o entulho gerado – item que encarece o serviço. Muitos se esquecem de fazer uma análise do solo, para saber se vai haver trabalhos de compactação ou correção, antes de executar a calçada”, descreve. Para Marques, esse pré-estudo da situação da obra é condição para oferecer ao cliente um orçamento sem erros.

Materiais para a calçadas

A Prefeitura da Municipal de São Paulo regulamenta várias regras e limitações à execução de calçadas. No que diz respeito aos materiais que podem ser usados, a questão é de durabilidade mas, também, de acessibilidade e de segurança do usuário. “O uso do concreto liso é muito comum, porque o preço também é mais vantajoso. Dá para usar, ainda, materiais como ladrilhos hidráulicos, pedras portuguesas, pisos intertrevados de concreto, cacos e granitos. Por terem assentamento mais trabalhoso e lento, no entanto, e por exigirem mão de obra qualificada, acabam elevando o orçamento do serviço de execução”, explica Zacarias.

O decreto 45.904/2005, do Município de São Paulo, determina que no pavimento de passeios públicos serão utilizados apenas o concreto pré-moldado ou moldado em loco, com juntas ou em placas, acabamento desempenado, texturado ou estampado, além dos pisos intertravados de concreto e os ladrilhos hidráulicos.

Fora das chamadas faixas livres, que são as áreas do passeio onde as pessoas circulam, podem até ser usados outros revestimentos, como pisos de forras de pedras naturais (granito e basalto), ou o mosaico português. Eles ficam restritos, porém, aos recuos de permanência e lazer das calçadas, e não deve existir infraestrutura instalada no seu subsolo, pois esses materiais dificultam manutenções subterrâneas. Também é necessário, antes de assentar as pedras, pedir autorização à prefeitura.

Porcelanatos rústicos também poderão revestir calçadas, desde que não tenham saliências nem sejam escorregadios – mas são menos usuais e mais caros.Também vai ser preciso, neste caso, consultar a prefeitura quanto ao uso. A escolha do material, por fim, dependerá muito do gosto do cliente, das exigências da lei e do projeto em questão. “O piso escolhido pode impactar em 20% a 30% sobre o preço final da obra”, calcula Marques. Para ele, o profissional jamais deve escolher produtos de baixa qualidade, na tentativa de reduzir o preço para ganhar o cliente.

Antes de fazer o orçamento de calçada, é sempre bom sair para visitar outras obras, entender melhor o serviço e estudar detalhadamente o projeto, os preços praticados na região onde a obra ocorrerá, para só então entregar ao possível cliente uma proposta mais certeira.

De acordo com dados do Ministério do Planejamento, foram levantadas informações sobre 2.796 obras de infraestrutura paralisadas no país. Saiba mais no conteúdo!

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