Publicado em 24/03/2015Respeito se constrói: conheça a pedreira Simone

Respeito se constrói: conheça a pedreira Simone

Inscrita no concurso Respeito se Constrói, Simone Alves conta como se tornou pedreira

O concurso para eleger o novo garoto propaganda da segunda fase da campanha “Respeito se Constrói”, da Votorantim Cimentos, teve candidatas com histórias que representaram a força da mulher. Uma delas ficou entre os finalistas – a pedreira Simone Alves, que atua em obras na região de Pelotas, Rio Grande do Sul.
Natural da cidade gaúcha de Arroio do Padre, Simone conta que também começou a trabalhar ao lado do pai, construindo casas.

“Sempre fui metida a fazer as coisas, a participar. Tinha curiosidade e, vendo meu pai trabalhar, achei que também podia fazer aquilo”, brinca. Mulher de iniciativa, ela tomou a frente e se inscreveu para a campanha. “Fiquei sabendo do concurso e concluí que também era para mim, já que eu trabalhava em obras, e tinha história para contar”.

O início da carreira como pedreira

As primeiras experiências na construção civil foram caseiras, na reforma da casa da família. A ocupação principal de Simone, entretanto, continuava sendo a agricultura. Ao se casar, em 2010, mudou-se para Pelotas. Ela e o marido reformaram a nova casa, trocando revestimentos das paredes e consertando o telhado – o que chamou muito a atenção dos que passavam pelo local. “As pessoas vinham perguntar se a gente não queria trabalhar numa reforma aqui, noutra ali”.

Apesar das ofertas de serviço baterem à porta, Simone ainda não se sentia muito à vontade com a nova profissão de pedreira, recém-adquirida. “No começo foi bem complicado; eu tinha um pouco de vergonha por ser mulher”, revela. Com o tempo, isso foi mudando, ao ver que seu trabalho era respeitado e apreciado. Ela reconhece que nunca viveu nenhuma situação constrangedora pelo fato de ser uma mulher trabalhando em obras. Afirma que sempre deu conta do trabalho, e que os colegas pedreiros a recebem muito bem nos canteiros. “Algumas pessoas até dizem que preferem as mulheres nessa profissão, por serem mais caprichosas”, comenta.

Simone tem total apoio da família. Na casa do pai, ela é a única mulher a trabalhar na construção – motivo de muito orgulho para o pai. “Eles nem acreditam! Parece que a ficha ainda não caiu”, diverte-se.
O marido é quem fica um pouco preocupado, pelo fato do trabalho ser pesado, e “puxa a orelha” da esposa, quando ela decide carregar sozinha alguns sacos de cimento. Mas Simone não tem medo do trabalho na obra:

“O que eu mais gosto de fazer é chapisco e reboco”, afirma. “No início, os braços doíam muito, mas hoje eu não sinto mais nada”, assegura. Ela desenvolveu também, com excelência, a técnica de operar a colher de pedreiro com as duas mãos – o que nem todo pedreiro consegue fazer.

A busca por especialização 

Aos 31 anos de idade, Simone está em busca de qualificação. À noite ela estuda para completar o nível médio de ensino. A intenção é, depois de formada, prestar vestibular para engenharia civil. “Gosto de conviver com as pessoas no canteiro, trabalhando”, diz. Quando tem obras maiores para executar, chama os irmãos e o cunhado para ajudá-la.

Foi assim na obra de um galpão de 20 m x 11 m. Lá, Simone assentou tijolos, fez fundação, armou ferro para estruturas, preparou concreto, entre outras atividades.Questionada sobre o que ainda não sabe fazer, Simone responde: “Nem sei”. É o espírito curioso da pedreira quem responde. Afinal, o que ela ainda não sabe, certamente em breve saberá dominar.

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