Publicado em 18/06/2018Demanda insuficiente dificulta recuperação no setor da construção
Sondagem Indústria da Construção realizada pela CBIC e pela CNI revelam dados do setor da construçãoCréditos: Shutterstock

Demanda insuficiente dificulta recuperação no setor da construção

Dados levantados pela CBIC e pela CNI revelam comportamento do setor nos primeiros meses de 2018

Depois de anos turbulentos para a economia brasileira, a expectativa do setor da construção para 2018 é atender uma demanda reprimida pelas dificuldades de compra do último período. Porém, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a atividade da indústria da construção continua em queda, mas o recuo está cada vez menos intenso.

Os dados levantados pela sondagem indicam que o índice de evolução do nível de atividade atingiu 47,1 pontos em março, o maior valor desde novembro de 2013. O que evidencia que a atividade segue em queda é o fato do índice se manter abaixo dos 50 pontos, porém, apesar disso, o índice registrou crescimento de 2,6 pontos em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Entraves para o crescimento do setor da construção

  •         Demanda interna – A demanda interna insuficiente foi apontada pelos empresários como o maior problema para o crescimento do setor da construção. Os dados apontaram que no primeiro trimestre, 34,2% dos entrevistados indicaram esse como um grande entrave para o crescimento – no quarto trimestre de 2017 esse índice estava abaixo, com 29,8%. Nos dois últimos trimestres, o problema que mais impactava o crescimento, de acordo com as consultas, era a elevada carga tributária. Porém, na última sondagem o item ficou com 32%, em segundo lugar no ranking. Já a falta de capital de giro ficou em terceiro lugar, apresentando um índice de 25,6%. Em quarto lugar no ranking, a questão da burocracia foi evidenciada, com 25,4% de assinalantes. O último problema listado foi a inadimplência dos clientes, com 23,9%.
  •         Expectativa – Em 2018, a sondagem conseguiu verificar que os indicadores relacionados à expectativa estão demonstrando oscilações. Nos meses de janeiro e março os índices aumentaram, porém, em fevereiro e abril, caíram. O que o relatório ressalta, no entanto, é que mesmo com essas alterações, os indicadores sempre estiveram acima da linha divisória de 50 pontos – que significa crescimento para os próximos seis meses no nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, do número de empregados e de compras de insumo e matérias-primas.
    Os dados demonstram que a expectativa do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços tiveram queda de 2,0 e 2,2 pontos, atingindo 54,5 e 53,2 pontos, em abril. Já no caso dos índices de compras de insumos e matérias primas e do número de empregados, a redução foi de 2,0 e 1,5 ponto, chegando a 53,3 e 52,5 pontos.
  •         Confiança – Em abril, o índice de confiança do empresário do setor da construção recuou 2,2 pontos em abril, apresentando 54,8 pontos. Vale lembrar que, mesmo sofrendo uma queda, o valor está acima da linha divisória de 50 pontos, que representa a confiança do empresariado. Outro índice importante é referente às Condições atuais e avalia as condições correntes dos negócios. Nesse aspecto, houve queda de 1,5 ponto, chegando a 48,8 pontos. A apresentação do número abaixo da linha divisória de 50 pontos indica uma piora na percepção dos negócios.
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