Publicado em 09/06/2015Tudo sobre o uso de luvas na construção civil

Tudo sobre o uso de luvas na construção civil

O uso de luvas protege contra riscos químicos, biológicos, mecânicos e agentes cortantes . Além disso, luvas importadas são melhores e mais baratas do que as nacionais. Confira.

Há quem reclame que elas incomodam e dificultam o manuseio dos materiais, mas não tem jeito: mais que essenciais à proteção dos trabalhadores, o uso de luvas é obrigatório na obras e, por isso, ela é tão cobrada por encarregados de canteiro. Segundo a NR 6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o equipamento deve ser fornecido pelas construtoras, ou por quem contrata o trabalhador, e se enquadra na categoria de proteção de membros superiores – indicado para profissionais que manuseiam agentes cortantes, perfurantes, biológicos, químicos, térmicos e elétricos, todos os dias, ou só de vez em quando.

As luvas servem para proteger a saúde de serralheiros, carpinteiros, pedreiros e quaisquer outros profissionais expostos. “Para cada caso há uma luva certa; a não observância dessa recomendação pode provocar cortes, simples reações alérgicas ou até mesmo queimaduras mais graves nas mãos”, explica Ideraldo Luis Bassanelli Lucio, instrutor do Serviço de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Em vários modelos e materiais, existem até mesmo luvas sem as pontas dos dedos, para facilitar o manuseio de materiais. A escolha, entretanto, depende do risco a que o trabalhador está exposto.
Serralheiros e seus ajudantes usam as luvas de couro, também conhecidas como ‘vaquetas’. Elas protegem contra abrasivos, escoriantes, elementos cortantes e perfurantes. Para soldadores, o equipamento deverá ter tratamento térmico, com revestimento interno em algodão, para proteger contra altas temperaturas.

Carpinteiros também podem fazer uso de luvas de couro, mas, nesse caso, os modelos com o revestimento externo da palma ou pontas dos dedos em material rugoso podem ser mais interessante, por permitir melhor contato e fixação das mãos nos materiais manuseados. “Como o modelo certo para cada atividade depende dos riscos em obra, o ideal é que o trabalhador conheça a Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico (FISPQ), onde há informações sobre o manuseio adequado de cada produto”, indica Lucio.

É importante conferir se a luva escolhida é certificada pelo MTE. “Equipamentos certificados possuem Certificado de Aprovação (CA), selo de qualidade fornecido pelo ministério que pode ser consultado no site do governo.”

Procedência e materiais

Segundo Agnaldo Rodrigues de Jesus, consultor técnico da Danny EPI, “o uso de luvas importadas é recomendado, pois elas são melhores que as nacionais e, na maioria das vezes, custam muito menos que as vendidas por aqui”.
Ele se refere não só ao material para fabricação das luvas, mas também à sua durabilidade e resistência. “Além do couro, temos em fibra sintética ou algodão. Para modelos de proteção contra agentes químicos, há opções em látex, neoprene e até em PVC [policloreto de vinila]”, diz.

Mas independente da procedência, um dia a luva vai precisar ser trocada, e o ideal é que a qualidade dos EPIs seja monitorada pelas empresas contratantes, e substituídas, sempre que necessário.

“Uma luva cirúrgica é utilizada somente uma vez, enquanto outras, como a de vaqueta, podem durar anos. A validade da luva deve ser verificada sempre por meio do número do certificado de aprovação fornecido pelo MTE. A informação consta na própria luva”, alerta Lucio.

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