Publicado em 20/10/2017Gesso e massa corrida: descubra quando usar
O gesso é utilizado quando a alvenaria está irregular, enquanto a massa corrida é mais interessante para paredes que serão rebocadas.Créditos: Syda Productions / shutterstock.com

Gesso e massa corrida: descubra quando usar

As duas soluções são empregadas na preparação da superfície antes de receber o revestimento

Gesso e massa corrida são soluções que visam tornar a superfície das paredes plana e regular, permitindo a aplicação do acabamento, como as tintas. Porém, cada um dos produtos é indicado para situações específicas.

“O uso viável do gesso, técnica e financeiramente, acontece quando a alvenaria está regular, sem saliências ou reentrâncias significativas, garantindo o alinhamento e planicidade das áreas. Pode, também, dispensar o emboço e o reboco quando os blocos de concreto ou cerâmicos são de boa qualidade, sendo uma opção indicada para baixas espessuras”, explica o arquiteto Lucio Gomes Machado, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).

A massa corrida comum (PVA) é a opção mais interessante para paredes que precisam ser rebocadas – por exemplo, aquelas que receberão pregos para fixação de quadros ou suporte de televisores. Já em superfícies externas e ambientes úmidos – banheiros e cozinhas –, deve ser usada a massa corrida acrílica, por sua maior resistência ao vapor de água, uma vez que o gesso, em contato com água, pode apresentar manchas.

Saiba mais sobre as diferenças entre gesso e massa corrida

Consumo de material

A aplicação do gesso em paredes construídas com blocos de boa qualidade é rápida e o consumo do produto é menor. “Em paredes com problemas, é recomendado fazer uma experiência em alguma das faces. Os resultados são comparados com outras soluções, a fim de escolher qual apresenta o melhor custo e praticidade”, recomenda Machado. Segundo ele, normalmente, o uso da massa corrida resulta em maior consumo de materiais, inclusive, da água usada na preparação da mistura.

Tempo de execução

Quando a velocidade de execução da obra é prioridade, o ideal é usar o gesso diretamente sobre a alvenaria. Como o produto pode ser usado sem emboço e reboco, o procedimento terá duas etapas a menos. Com isso, o gesso acaba sendo mais rápido de aplicar do que a massa. Outra opção que visa diminuir o tempo de execução da obra é revestir a parede com argamassa de cimento, esperar que a mistura fique seca e, na sequência, aplicar o gesso.

“Paredes revestidas com argamassas com cal não devem receber massa corrida imediatamente. Antes, é necessário deixar a cal reagir com o ar durante algumas semanas”, comenta o professor.

Aplicação

Ambas as soluções são aplicadas com desempenadeira e espátula, deixando a superfície o mais lisa possível – condição que se completa com o lixamento. “A massa corrida acrílica demanda maior habilidade para ser aplicada, porque é mais dura quando seca. Com isso, se há muitas rebarbas ou ondulações, a tarefa de lixamento será mais difícil”, diz o arquiteto.

Depois da retirada do pó e antes da pintura, deve ser aplicado um selador. Tanto a massa corrida quanto o gesso podem receber qualquer tipo de tinta. “Porém, nas áreas úmidas e paredes externas, a tinta acrílica é mais recomendável”, ressalta o professor.

Custos

O investimento necessário em cada material dependerá da maneira como foi executada a parede e a disponibilidade de mão de obra qualificada. É preciso sempre avaliar o conjunto da alvenaria e seus revestimentos, para calcular a quantidade e, consequentemente, os custos envolvidos. Entretanto, comparando somente os valores financeiros e deixando de fora a análise do ambiente, o gesso é mais econômico do que a massa corrida.

A massa corrida é comprada em latas e já vem pronta para uso. O gesso também pode ser adquirido em pequenas quantidades, comercializadas em pó. “O ideal é produzir o volume de gesso que será aplicado, porque, depois de seca, a massa não pode ser reaproveitada”, afirma Machado. A massa corrida pode ser conservada dentro da lata devidamente tampada. “Mas, se por acaso secar, o produto também não deve ser utilizado”, completa.

Sujeira

Antes de iniciar a aplicação dos produtos, o profissional precisa forrar o chão para evitar que a massa respingue no piso. “No entanto, a maior sujeira é a decorrente do lixamento, que gera muito pó fino”, fala Machado. Por isso, é necessário isolar muito bem o ambiente e proteger os objetos, especialmente os eletroeletrônicos.

Quando o ambiente que está sendo reformado estiver ocupado, a melhor alternativa é usar a massa corrida por gerar menos sujeira do que o gesso. “Apesar de ela necessitar de maior consumo de material e ter um custo maior, essas desvantagens são compensadas pela menor quantidade de pó”, compara o professor.

Outra solução

Para substituir o gesso e massa corrida, a Votorantim Cimentos oferece o Decoratta, massa usada no acabamento de paredes e tetos. O produto pode ser aplicado sobre reboco, massa fina ou gesso acartonado, e sua principal vantagem é dispensar o lixamento. Com aspecto final liso, a obra termina mais rápido, fica mais limpa e apresenta menor custo.

Agora que você já sabe quando utilizar os materiais, veja também dicas para calcular consumo certo de gesso e massa corrida.Botão Site

 

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