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Publicado por Carla Rocha em 18/06/2021Inovações para diminuir a pegada de carbono do concreto
É importantíssimo avançar na otimização dos processos construtivos e em tecnologia de baixo carbono na produção dos materiais.Créditos: Shutterstock

Inovações para diminuir a pegada de carbono do concreto

É fundamental que ela caminhe lado a lado com a sustentabilidade

Com escassez de recursos naturais e, principalmente, por conta do agravamento das mudanças climáticas, tornou-se imprescindível para a indústria do cimento buscar meios mais sustentáveis para o processo produtivo do material, com o objetivo de reduzir a “pegada” de carbono do setor. A pegada de carbono ou Carbon footprint (do termo em inglês) é a pegada ambiental deixada no mundo, ou seja, é a quantidade de gás dióxido de carbono que é produzida tanto por pessoas como por empresas, dos mais variados setores, através de suas atividades rotineiras e ao longo de suas cadeias produtivas– que produzem dióxido de carbono, um gás poluente que é liberado na atmosfera e que é extremamente nocivo ao meio ambiente.

Alguns conceitos como a mitigação de CO2, precificação do carbono, a economia circular e, principalmente, o fomento a investimentos em ESG (ambiental, social e governança, do termo em inglês) têm ganhado cada vez mais espaço nas grandes empresas e indústrias, com isso gerando maior competitividade e benefícios para a sociedade como um todo.  A indústria do cimento e do concreto, que é um dos insumos mais utilizados no mundo, responde por uma parcela importante das emissões de dióxido de carbono (CO2) e do uso de energia industrial, em escala global. Portanto, é fundamental que ela caminhe lado a lado com a sustentabilidade, a fim de trazer inovações e avançar em medidas que possam diminuir os impactos ambientais de suas operações.

O concreto é a substância manufaturada mais consumida no planeta. Indispensável na construção de casas, escolas, hospitais, locais de trabalho, sistemas de transporte e infraestrutura para água limpa, saneamento e energia. Basicamente, toda a infraestrutura para a qualidade de vida e o bem-estar social. Pela escala de consumo desse material, que deve seguir aumentando pelas taxas de urbanização e crescimento populacional no mundo, segundo o Fórum Econômico Mundial 200mil pessoas são adicionadas as cidades diariamente, e pela intensidade energética para a sua produção a indústria está trabalhando para se alinhar aos compromissos do Acordo de Paris, visando entregar a sociedade um concreto carbono neutro até 2050.

Metas para 2030: ações efetivas para reduzir a pegada de carbono

Para Fábio Cirilo, gerente de Sustentabilidade e Energia na Votorantim Cimentos, é importantíssimo avançar na otimização dos processos construtivos e em tecnologia de baixo carbono na produção dos materiais. No passado, a Votorantim Cimentos lançou suas próprias metas de sustentabilidade para 2030. Com ações e investimentos em tecnologias, como o coprocessamento, a substituição de combustíveis fósseis por resíduos, na redução do fator clínquer em eficiência energética e em energias renováveis, por exemplo, com a construção de um parque eólico que deve entrar em operação em 2023, a companhia terá 56% da própria energia vinda de fontes renováveis.

“Hoje substituímos cerca de 23% de nosso combustível por resíduos globalmente. Temos a ambição de atingir 53% até 2030. Também trabalhamos para incorporar resíduos de outros processos industriais como matérias primas em nosso processo produtivo, como as cinzas de termelétrica e as escórias”, ressalta. Além disso, a empresa é pioneira na produção de argila calcinada no Brasil, um produto que ajuda a reduzir a pegada de carbono do cimento em até 43%.

Além das grandes indústrias, é fundamental que toda a cadeia produtiva da construção civil como as pequenas construtoras e empresas também busquem meios para começar a aplicar ações sustentáveis que diminuam a pegada de carbono em suas atividades. “Vejo que a busca pela otimização e eficiência de processos reduzindo desperdícios é um grande passo, exigir fornecedores com boas práticas e que ofereçam produtos com bom desempenho em sustentabilidade”, orienta. Além disso, algumas ações como a gestão de resíduos em obra também auxilia nesse processo, pois buscando a correta segregação, reaproveitamento e destinação desses materiais, auxilia também na obtenção de certificações de sustentabilidade na construção que servem como guia em cada etapa de uma obra.

Confira a edição especial do Papo Construtivo sobre primeiro residencial Minha Casa Minha Vida com certificação Aqua Social:
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