Estruturas de concreto são feitas para durar por muitos anos. Para tanto, devem passar por inspeções e manutenções periódicas. A norma ABNT NBR 16.230/2013, da Associação Brasileira de Normas Técnicas aborda requisitos tanto para a inspeção de estruturas de concreto, quanto de qualificação e certificação de pessoal habilitado a inspecioná-las.

De acordo com Júlio Timerman, do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) e coordenador da comissão de estudos que elaborou o texto da norma, são estabelecidos dois níveis profissionais: o Inspetor I é detentor de algumas noções, porém sem muita experiência na área. Ele auxiliará o Inspetor II, experiente em inspeção de estruturas.

“A certificação abrirá mercado para profissionais de graus diversos de escolaridade – primeiro grau, formação técnica e nível superior. Comprovando vivência profissional, qualquer um conseguirá se certificar como Inspetor I, mesmo que tenha cursado apenas até o ginásio”, explica. O Inspetor II, ao contrário, deve ser graduado em engenharia civil, pois assinará laudos técnicos.

Um inspetor faz o planejamento da inspeção: providencia equipamentos como caminhões com cesto, andaimes, escadas, medidores de fissura para levantamento gráfico e máquina fotográfica para catalogar patologias, além de emitir os relatórios. Para se certificar, o candidato deverá apresentar ao Ibracon documentos pessoais, comprovante de escolaridade e referências de empresas que atestem sua experiência em inspeções.

Depois, passará por três provas: uma teórica geral, que engloba noções de unidade, metrologia, métrica e anomalias; uma teórica específica, que apresenta problemas práticos envolvendo anomalias, e uma prova prática, feita na estrutura de um edifício, ou numa ponte. A remuneração do profissional certificado deverá partir de R$ 4 mil mensais, em média, chegando a até R$ 10 mil.

Carbonatação compromete a durabilidade das estruturas de concreto

Compartilhe esta matéria