Publicado em 09/04/2018Corpo de prova do concreto: como fazer o teste de amostragem de modo mais eficaz
É necessário retirar 6 corpos de prova de concreto de cada lote de caminhão que chega à obraCréditos: Shutterstock

Corpo de prova do concreto: como fazer o teste de amostragem de modo mais eficaz

As amostras de corpo de prova garantem o desempenho correto do concreto

O que é o corpo de prova de concreto?

Para garantir que o concreto apresente o desempenho esperado e possua os níveis de resistência e elasticidade adequados, é preciso realizar a retirada de amostra de corpo de prova para testes.

São regidos pela ABNT NBR 5738:2015 os procedimentos para moldagem e cura de corpos de prova, retirada de moldes e também para colocação e transporte dos corpos de provas, na qual são todos descritos.

De acordo com Hugo Alexandre, engenheiro da Sim Engenharia, a construtora deve moldar 6 corpos de prova por lote de caminhão entregue em obra. Dessa forma, verifica-se a resistência de 100% do concreto que chega à obra. “Para os testes de resistência à compressão, retiram-se corpos de prova de 10 cm x 20 cm. Para o módulo de elasticidade, retiramos corpos de prova de 15 cm x 30 cm”, comenta o engenheiro.

Fiscalização do corpo de prova

Para realizar os testes de concreto com o corpo de prova para concreto, é necessário contratar um laboratório que possua acreditação, como Inmetro, e que será responsável por todo o processo de retirada de corpos de prova. O engenheiro da Sim Engenharia orienta que seja preparado um funcionário da equipe para acompanhar esse serviço feito pelo laboratório. Esse profissional deve ter conhecimento técnico de cada passo para se certificar de que as retiradas estão sendo feitas de maneira correta. “O profissional da minha equipe tem conhecimento e verifica se o moldador está seguindo a norma técnica”, afirma.

É necessário também dedicar um local da obra fechado e arejado para moldagem e armazenamento dos corpos de prova até que sejam levados para o laboratório. Entre as verificações que o engenheiro da construtora deve fazer no trabalho do moldador, uma das premissas é estar atento para que ele retire a quantidade de amostra que a norma preconiza.

Outro ponto importante é verificar se a fôrma destinada ao molde não está danificada ou com as dimensões incorretas, porque isso pode afetar o resultado do material coletado.

A norma também aponta que, para lubrificar a fôrma, é preciso passar uma fina camada de óleo mineral. Se esse óleo for passado em excesso, pode-se misturar ao concreto e prejudicar o resultado do teste. O armazenamento desses moldes deve ser realizado em uma casa, não podendo ser exposto ao sol ou à chuva, nem às vibrações que podem ocorrer na obra. É necessário proteger os moldes de pancadas ou acidentes.

“Além disso, desses 6 corpos de prova que tiramos para resistência à compressão, o laboratório retira os 4 primeiros, que são para as idades de 28 dias, e esse último par, que seria para 91 dias, fica retido em obra, armazenado em um tanque de cura, prescrito conforme a norma”, explica Hugo Alexandre. Dessa maneira, se houver alguma falha de transporte ou de recebimento, a construtora terá o concreto daquele lote armazenado em obra.

Corpo de Prova
Corpos de prova armazenados na obra do residencial Kingdom Park Residence, em Goiânia. Crédito: Hugo Alexandre/Sim Engenharia
Corpo de Prova
Sala para moldagem e armazenamento de corpos de prova de concreto na obra do Kingdom Park Residence. Crédito: Hugo Alexandre/Sim Engenharia

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