Publicado em 04/07/2016Atendimento da Votorantim resolve eflorescência nos rejuntes
Para evitar a eflorescência, é necessário controlar a percolação de água, a relação água/cimento ou a quantidade de sais livres no cimento

Atendimento da Votorantim resolve eflorescência nos rejuntes

Para evitar infiltração nos pisos do apartamento foi necessário refazer a aplicação dos rejuntes e trocar as peças quebradas

A eflorescência é uma das patologias mais recorrentes no cimento, caracterizada pelo surgimento de manchas brancas – também conhecidas como depósitos cristalinos esbranquiçados – na superfície do revestimento, comprometendo a aparência.

“Isso ocorre quando os sais solúveis contidos no cimento são carregados pela água utilizada durante a construção – ou por infiltrações – através dos capilares do concreto e da argamassa até a superfície. Ao entrar em contato com o ar, se solidificam”, explica Lucas Harb, consultor de Desenvolvimento Técnico de Mercado (DTM) da Votorantim Cimentos.

Foi o que aconteceu nos rejuntes dos pisos de um apartamento situado na cidade de Águas Claras, em Brasília. Nesse caso, o tipo de material utilizado foi o porcelanato, um revestimento sem porosidade. Em consequência da vedação ruim dos rejuntes, os sais foram levados para a área externa dos pisos por meio da evaporação da água.

Como resolver eflorescência?

Após acionar a equipe de consultores da Votorantim Cimentos o proprietário do imóvel foi orientado quanto às providências que deveriam ser tomadas para corrigir o problema. Foi recomendada nova aplicação dos rejuntes, de modo a garantir que todos os espaços fossem vedados.

Harb conta que as peças de porcelanato quebradas ou com trincas tiveram de ser trocadas, do contrário as aberturas seriam um convite tanto para a entrada da água, quanto para a saída dos sais, após a evaporação. “Além disso, garantimos que todas as partes que antecedem o porcelanato estivessem secas no momento da aplicação”, comenta.

Como prevenir?

Para evitar ou diminuir a ocorrência da patologia, é necessário controlar ao menos um desses fatores: a percolação de água, a relação água/cimento ou a quantidade de sais livres no cimento.

De acordo com Bruno Alexandre Mainardi Noal, engenheiro da Votorantim Cimentos, sempre que se pensa em combater a eflorescência, deve-se impedir que a água percorra facilmente através dos capilares do concreto, evitando fissuras desnecessárias, controlando a relação água/cimento da massa ou identificando fluxos de água através do concreto até então desconhecidos.

“Outra opção é utilizar cimentos com grandes adições de pozolana (15 a 45%), como é o caso do CP IV. Além dele possuir menos clínquer – e por consequência menos sais livres –, a sílica presente na adição consome o hidróxido de cálcio responsável pela eflorescência. Dessa maneira, esses cimentos contribuem para aumentar a resistência mecânica do concreto”, detalha.

Noal explica ainda que, em alguns casos, as manchas podem ser removidas parcialmente ou totalmente por meio de limpeza com solução branda de ácido muriático. “Para isso, é importante testar a agressividade em uma pequena área do revestimento antes de aplicar. Ao utilizar essa substância, a formação do carbonato de cálcio deve cessar em dois ou três anos, quando não houver mais sais livres no material cimentício”.

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