Publicado em 03/02/2015Perfil das pequenas empresas

Perfil das pequenas empresas

Pesquisa revela retrato social do microempresário brasileiro; mulheres já são maioria

Você sabia que 99% das empresas brasileiras são MEIs, micro ou pequenas empresas? São essas “formiguinhas” da economia nacional, com receitas brutas variando entre R$ 60 mil e R$ 3,6 mi, que levam o Brasil todos os dias praticamente nas costas, com muito esforço para gerar emprego e renda.

Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 51% delas estão na região Sudeste. Em todo o país, são quase nove milhões de empresas enquadradas no regime tributário Simples – a metade delas no setor de comércio, incluindo os revendedores de materiais de construção.

E nem se diga que o grosso do dinheiro está nas poucas empresas grandes, porque isso não é verdade. O Sebrae também revela que, só no comércio, pequenos negócios são responsáveis por gerar mais da metade do PIB do setor, e 70% das novas vagas de trabalho abertas, todos os meses. O que tem caído, rapidamente, é a diferença entre os salários pagos nas grandes e nas pequenas empresas de um mesmo tipo de negócio, de 44% para 37%. Mas quem é esse empreendedor tão essencial à roda da economia?

A grande maioria (71%) começa um negócio porque tem bom faro para novas oportunidades, e quer aproveitá-las. Na verdade, a pesquisa do Sebrae mostra que ter uma empresa é o terceiro maior sonho do brasileiro – perdendo apenas para viagens pelo Brasil (segundo lugar) e casa própria (esse ainda é o seu maior sonho).

Os jovens também são cada vez mais atuantes no empreendedorismo: dos novos homens de negócios, 50% têm até 34 anos; 26% estão na faixa etária entre 35 e 44 anos, e 17% têm idade entre 45 e 54 anos. Do total de novos empreendedores, são as mulheres que assumem o maior espaço no mundo dos negócios: elas somam mais de 52% deles.

Não só a participação das mulheres cresce, já predominando, como a presença dos negros também deve ser motivo de muito orgulho e superação. Em 2001, 43% dos empreendedores eram negros. Hoje, eles já são praticamente 50%. Com relação à origem social de cada micro ou pequeno empresário, mais de 55% deles vêm da classe C (renda mensal de 4 a 10 salários mínimos); outros 37,5% são das classes A ou B (a partir de 10 salários) – dados segundo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

E quem ganha com tudo isso? O Brasil: além de mais de 16 milhões de empregos com carteira assinada, a arrecadação tributária dos governos só aumentou desde 2007, com a introdução do Simples Nacional, de R$ 8 bi, para mais de R$ 29 bi em 2014 (considerando valores arrecadados no primeiro semestre do ano). Mais gente formalizada e trabalhando é sinônimo de maior distribuição de oportunidades e riquezas, e mais vontade de colaborar com o desenvolvimento do país. Parabéns, micro e pequeno empresário!

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