Publicado em 18/11/2015Onde está o emprego?

Onde está o emprego?

Reformas de final de ano e pequenos reparos emergenciais são oportunidades no fim de ano

O assunto do momento não precisa ser só a crise econômica e o desemprego. De fato, o cenário está um tanto desanimador, mas nem tudo é perdido. Quem ficou sem emprego nas construtoras pode, com o final do ano, aproveitar “bicos” rentáveis em reformas de pintura, hidráulica, elétrica e marcenaria.

E não é só. Outra dica boa é ficar atento a jornais (classificados), sites de emprego e vagas oferecidas por imobiliárias, administradoras de condomínios e empreiteiras, e descobrir para onde mandar currículos.

É o corre-corre do Natal que traz oportunidades para o profissional de obra ganhar um dinheiro a mais. Tradicionalmente, nesta época de pagamento do 13º salário, as famílias se organizam para deixar a casa mais bonita e festejar o final de ano com mais conforto. “Encanadores, azulejistas, eletricistas, pintores, marceneiros e pedreiros são os mais requisitados e podem ganhar pelo menos a metade do que estavam acostumados a receber nas empresas”, avalia Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP).

Bico ou novo emprego?

Atualmente, para ganhar dinheiro não basta ser profissional. É preciso se tornar um “marido de aluguel”, nicho de mercado que tem rendido trabalhos pequenos, mas volumosos, para quem entende de obras e reparos. São serviços emergenciais domésticos em elétrica, hidráulica ou pintura, que podem render até R$ 150,00 por hora trabalhada. É entrar, ser educado, resolver o problema do cliente com rapidez e sair com o pagamento no bolso.

Quanto mais ágil e eficiente for o profissional, mais sucesso ele terá neste ramo, que cresceu muito nos últimos cinco anos em grandes cidades como São Paulo. Outras oportunidades, mais estáveis, também podem estar além das fronteiras do Estado onde o profissional reside. A prefeitura de Guarapuava, no Paraná, por exemplo, está contratando homens e mulheres para a construção civil; a cidade vive um vazio de mão de obra.

Segundo Eva Schran de Lima, vice-prefeita de Guarapuava, são as reformas e a construção de novos equipamentos públicos que estão movimentando o setor. “Temos oportunidades no hospital regional, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em dois colégios estaduais e em 500 unidades do programa Minha Casa Minha Vida. As construções privadas também estão em alta, com um novo shopping que será construído em 2016, sem contar a chegada de novas empresas à região. Nossa cidade está vivendo um momento de expansão”, explica.

Segundo a Agência do Trabalhador de Guarapuava, há vagas para encarregado de obras, pedreiro, eletricista, encanador e servente.

Lá, desemprego é uma piada. A expectativa segue positiva para 2016 e só na construção do shopping da cidade ainda deverão ser contratadas mais 200 pessoas.

A liberação da fase 3 do programa Minha Casa Minha Vida também deve aquecer a construção nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, principalmente nas zonas metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. São mais de R$ 301 bilhões em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, sendo a maior parte do montante, R$ 231,7 bilhões, só para habitação popular. Fique de olho nessas obras!

Impacto da greve dos caminhoneiros afetou o setor do varejo de materiais de construção e reduziu o crescimento no primeiro semestre. Entenda. 

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